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DIRECTV de graça via streaming? Como assim?

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A corda continua a apertar no pescoço das plataformas tradicionais de TV por assinatura, que seguem tentando se reinventar para se manterem vivas dentro desse negócio.

A novidade anunciada lá fora é a MyFree DIRECTV, que oferece canais gratuitos com anúncios para concorrer com gigantes do segmento FAST, como são os casos de Pluto TV, Samsung TV Plus e LG Channels.

Ou seja, até mesmo a TV por assinatura entendeu que as pessoas não estão dispostas a pagar para ver TV, principalmente com propagandas. E seguem um curso previsto por alguns produtores de conteúdo: as plataformas de canais FAST se tornando protagonistas.

 

Como vai funcionar a MyFree DIRECTV

Da mesma forma que a concorrência: você assiste a conteúdos segmentados exclusivos sem pagar nada e, em troca, assiste publicidade de tempos em tempos.

Não é nenhum absurdo, se você parar para pensar. Passamos uma vida inteira vendo TV aberta desse jeito, e o YouTube se mantém de pé por causa da publicidade veiculada nos planos gratuitos.

Tudo bem, o YouTube está errando miseravelmente ao lotar de publicidade os vídeos disponíveis na plataforma, mas isso é assunto para outro artigo.

A MyFree DIRECTV vai incluir canais de esportes, entretenimento, notícias, programação infantil e de estilo de vida, garantindo uma oferta variada de programação sem custos.

O serviço estará disponível para dispositivos móveis, smart TVs e aparelhos de streaming, com a promessa de atualizações contínuas nos conteúdos disponíveis nesse formato gratuito.

A nova proposta não deixa de ser uma vitrine ou porta de entrada para o serviço pago da DIRECTV, incentivando a migração para a versão sem anúncios do serviço.

Até porque, na prática, serão serviços diferentes.

Os conteúdos disponíveis nos canais lineares não serão os mesmos dos canais FAST. Não acredito que o MyFree DIRECTV contará com eventos esportivos ao vivo, pois isso causaria a degradação do serviço de TV paga da empresa.

 

Aproveitando o momento do FAST

Para quem ainda não pegou a ideia: canais FAST são aqueles que exibem porções de conteúdos pagos de forma gratuita, em troca da exibição de publicidade no formato de horários comerciais.

A chegada do MyFree DIRECTV acontece em um contexto de crescimento acelerado do consumo de canais FAST, que gerou quase US$ 8 bilhões em receita publicitária nos EUA.

Quem entrar nesse mercado tende a se dar bem, já que essa parece ser a melhor resposta à rejeição do grande público ao aumento escalonado de preços das plataformas de streaming.

A Netflix é uma das gigantes do setor de streaming que está aderindo aos canais FAST para oferecer os seus conteúdos e programas originais de graça para não assinantes.

E a aposta na MyFree DIRECTV é pesada, a ponto de seus responsáveis colocarem um nome como Kent Rees na liderança do projeto.

Kent tem mais de 20 anos de experiência no setor de streaming, e agora é o gerente geral do MyFree DIRECTV, assumindo uma enorme responsabilidade em fazer o projeto dar certo.

A plataforma promete oferecer ao público mais controle sobre o que assistir, além de conveniência e variedade de conteúdo.

Se vai conseguir isso, é outro departamento. De novo: a concorrência do MyFree DIRECTV é ninguém menos que o Pluto TV, líder absoluto do segmento FAST.

Não julgo o movimento da DIRECTV. É o caminho mais lógico para várias empresas, já que a bolha do streaming tradicional está estourando.

Até que demorou para que isso acontecesse. E estou falando dessa ascensão do FAST junto ao consumidor.

Sempre achei que a ideia do Pluto TV era muito boa, pois atinge com eficiência a um grande grupo consumidor.

E se o FAST não funcionasse, serviços como YouTube e Spotify já teriam desaparecido.

Ah, sim… uma última coisa… o MyFree DIRECTV muito provavelmente não estará disponível no Brasil, já que a marca DIRECTV foi expulsa do nosso país pela segunda vez, e o grupo VRIO não deve oferecer essa alternativa por aqui.

Infelizmente.


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