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Coronavírus detonou o pânico nas cripomoedas

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O mercado de criptodivisas é mais sensível que a cotação das moedas “reais”. Algo mais do que natural, pois esse é um segmento ainda incerto e em desenvolvimento. Se no passado, quando tudo estava “aparentemente normal” no mundo, todos testemunharam o Bitcoin bater no top de US$ 20 mil e, logo depois, despencar vertiginosamente, imagine com um coronavírus atacando o mundo.

Se você está nesse momento chorando o fato do dólar superar a casa dos R$ 5 (eu estou nessa com você, amigo leitor… e desconfio que você estava com saudades dos tempos em que você batia panelas reclamando do dólar a R$ 3.70…), as chances de suas lágrimas secarem um pouco mais rápido podem aumentar quando você olhar para o cenário atual das criptomoedas.

Os investidores decidiram que precisam de uma liquidez em um momento de crise, e começaram a vender de forma enlouquecida Bitcoins, Ethereum, XRP e outras moedas virtuais. O resultado dessa venda em massa resultou na queda de valor de cada uma delas. E essa queda é uma das mais acentuadas da história.

A Bitcoin caiu mais de 20% em função da crise do coronavírus, e isso fez com que as demais fossem arrastadas para o fundo do poço: a Ethereum caiu mais de 28%, a XRP perdeu mais de 20% do seu valor, e outras moedas virtuais tiveram um cenário ainda pior, com quedas que superam a casa dos 30% em apenas 24 horas.

 

 

 

Criptomoedas como refúgio em tempos de crise?

 

 

É um cenário no mínimo estranho, principalmente quando levamos em consideração que as criptodivisas eram uma espécie de refúgio para muitas pessoas que queriam um lucro rápido em um investimento de risco. Isso estava funcionando porque o mercado tradicional ia para um lado, e as moedas virtuais seguiam por outro caminho. A influência dos ciclos econômicos tradicionais (como a variação do dólar, o Trump anunciando um muro ou o Paulo Guedes falando que “sem reformas não há salvação”, por exemplo) não influenciavam no movimento da cotação das criptomoedas.

Até agora.

Isso mudou de forma drástica nas últimas horas, mostrando que o coronavírus COVID-19 afetou de forma decisiva todos os setores de nossa sociedade, inclusive os setores considerados (até então) intocáveis.

Os dados registrados pela Coinmarketcap mostram que a maioria das criptomoedas que a empresa monitoriza acumularam perdas que giram em torno entre 20% e 30%, e apenas os casos extraordinários como o Tether se salvaram de uma situação que, tal e como acontece em outros segmentos de nossa sociedade (inclusive no mundo financeiro), gera uma sensação de pânico generalizado.

O CoinTelegraph confirma a teoria sobre o coronavírus ser a causa indireta para uma queda tão espetacular para as criptomoedas, e vai além na sua análise: o fenômeno de queda aqui aconteceu de forma mais específica após o anúncio de Donald Trump com as medidas que seriam tomadas nos Estados Unidos para conter a recém declarada pandemia.

E o cenário pode ser ainda pior, agora que Trump bloqueou os voos da Europa para os Estados Unidos, sem perceber que, dentro do seu próprio país, o coronavírus está avançando rapidamente, resultando em mortes pontuais. Ou seja, o vírus não é regional. É internacional.

Por fim, o Coindesk confirma que o Bitcoin está sendo utilizado para minimizar os danos do coronavírus, e isso está afetando a quase todos os mercados. Apenas o ouro e os bônus do tesouro conseguem resistir aos efeitos da pandemia.

Para quem tem cripomoedas nesse momento, eu sinceramente nem sei o que dizer para você. Mas compartilho de sua dor: eu pago o servidor do TargetHD.net em dólar, e ver ele custando R$ 5 dói fundo na minha alma.


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