O fato de o Microsoft Copilot utilizar o GPT-4 da OpenAI não quer dizer que ele funciona exatamente do mesmo jeito que o ChatGPT Plus que custa US$ 20. A experiência de uso dele é personalizada pela gigante de Redmond e conta com recursos exclusivos, que inicialmente foram agrupados sobre o nome Prometheus.
Mas há quem diga que a promessa não se pagou para a Microsoft. O Copilot é bem parecido com o ChatGPT, mas no Copilot Pro, recebe GPTs personalizados para ajustes específicos no comportamento do chatbot, permitindo que usuários avançados contem com uma solução ainda mais customizada.
Beleza. Agora que você sabe disso, precisa saber também que a Microsoft anunciou que vai descontinuar o GPT Builder no Copilot Pro em 10 julho de 2024, interrompendo a criação de novos GPTs a partir dessa data.
Mudou de ideia, Microsoft?
Os GPTs existentes são eliminados até o dia 14 de julho, deixando aqueles que dedicaram tempo e recursos para esses elementos na mão, em todos os sentidos.
A Microsoft decidiu encerrar a função GPT Builder devido à falta de adesão esperada no mercado de consumo. A empresa está direcionando seus esforços para atender melhor às necessidades empresariais, onde acredita haver maior potencial de uso e lucratividade.
Ou seja, essa é uma mudança estratégica por parte da gigante de Redmond, muito provavelmente porque a adesão do Copilot Pro a US$ 20 mensais (o mesmo preço do ChatGPT Plus) foi mais baixa do que a Microsoft esperava.
Traduzindo: o grande público entendeu que o Copilot Pro era caro, ou não entregava o suficiente para justificar o investimento. Ou muito provavelmente já pagava pelo ChatGPT Plus, que custa a mesma coisa.
Ou entendeu que Google Gemini e ChatGPT com GPT-4o são mais do que suficientes para a grande maioria dos usuários.
A Microsoft vai tentar fortalecer a presença de sua IA no mercado corporativo, potencializando o Copilot Pro em contextos empresariais, seguindo a esteira de oferecer produtos coorporativos robustos, como faz com o Microsoft 356 e o Azure.
Era para acontecer o contrário
Confesso que acreditei que seria a OpenAI que teria problemas com a chegada do Copilot Pro, já que a solução da Microsoft se apresentava como uma solução mais robusta e completa.
Por outro lado, além do fato do ChatGPT ser mais popular do que parece, muitos entenderam também que não vale a pena ficar entregando dados pessoais para a Microsoft de graça.
Ou melhor: pagando para a Microsoft para entregar esses dados.
Em um cenário onde a competição pela liderança do mercado de Inteligência Artificial é acirrada, a resposta do grande grupo de usuários à Microsoft parece ser contundente o suficiente.
E pode apontar que pode vir para o futuro do segmento.