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Como usar o Qwen AI do Alibaba de graça

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Não existe apenas o ChatGPT no mundo das inteligências artificiais. Na verdade, a concorrência é enorme, inclusive nas plataformas que são “gratuitas” (e tenho que colocar aspas aqui, pois não existe almoço grátis.

O Qwen é um modelo de inteligência artificial generativa desenvolvido pelo Alibaba, projetado para competir com alternativas como ChatGPT, Gemini e Copilot. Na verdade, seu principal concorrente MESMO é o DeepSeek, que também promete maravilhas, mas sem cobrar um centavo sequer do usuário.

Neste artigo, mostramos como você pode usar o Qwen da mesma forma que usa o ChatGPT, mas sem precisar compartilhar os dados do seu cartão de crédito para receber os modelos mais avançados de raciocínio ou para obter os melhores resultados na criação de conteúdo.

 

Como o Qwen se diferencia dos demais?

Estamos diante de um Large Language Model (LLM) multimodal e de código aberto, o que significa que ele consegue compreender e gerar não apenas textos, mas também imagens, códigos e outros elementos interativos.

O grande diferencial do Qwen está na sua acessibilidade: ele pode ser utilizado gratuitamente, inclusive sem cadastro, por qualquer pessoa para fins pessoais ou de pesquisa.

O projeto foi lançado em abril de 2023, ainda em fase beta e sob o nome de Tongyi Qianwen, com base na arquitetura Llama, desenvolvida pela Meta.

Após obter aprovação regulatória na China, o Qwen foi oficialmente disponibilizado ao público em setembro do mesmo ano, com os primeiros modelos de código aberto surgindo em dezembro.

A evolução da plataforma foi rápida: em 2024 foi lançado o Qwen 2 e, em 2025, surgiram o Qwen 2.5 e o Qwen 3, com melhorias significativas e promessas de desempenho superior ao DeepSeek, outro modelo de IA relevante no mercado asiático.

Por ser de código aberto, o Qwen oferece liberdade para que desenvolvedores, pesquisadores e entusiastas da IA explorem suas capacidades sem custo.

Ele está disponível em plataformas como Hugging Face e ModelScope, permitindo tanto a execução local quanto a experimentação em nuvem.

Contudo, é importante ressaltar que seu uso comercial está sujeito a restrições — especialmente para grandes empresas —, algo comum entre modelos open source.

 

Como usar o Qwen

Na prática, usar o Qwen é simples.

A interface web principal está disponível em chat.qwen.ai. O site não exige registro obrigatório: é possível interagir com a IA como convidado, embora algumas funcionalidades — como a geração de vídeos — estejam disponíveis apenas para usuários cadastrados.

De tempos em tempos, o site poderá exibir janelas incentivando o login, o que pode ser contornado clicando para continuar como convidado.

A interface oferece uma caixa de entrada para comandos e uma série de funções específicas que facilitam tarefas como:

  • Criação de imagens e vídeos;
  • Geração de código em múltiplas linguagens;
  • Escrita assistida e resumos;
  • Integração com pesquisa na web;
  • Envio de arquivos para análise;
  • Comandos por voz.

A escolha do modelo utilizado é feita no canto superior esquerdo da tela. O modelo mais avançado é selecionado por padrão, mas o usuário pode alternar conforme suas preferências ou necessidades.

A experiência de uso é muito semelhante à de outras IAs generativas disponíveis no mercado, com respostas rápidas e contextualizadas, capazes de se adaptar a comandos simples ou complexos.

Além do uso textual, o Qwen possui modos especializados, como o de geração de imagens. Ao ativar essa função, basta descrever o que se deseja e a IA assume automaticamente que a tarefa está relacionada à geração visual, sem necessidade de especificar isso no comando.

 

Vale a pena usar o Qwen?

É meio errado dizer que “de graça, até injeção na testa”. Principalmente quando você passa anos alertando que “quando algo é de graça, o produto é você”.

Mas neste caso, não vejo problemas em ao menos experimentar o Qwen para conhecer do que ele é capaz.

Se você parar para pensar que você compartilha dados todos os dias com o Mark Zuckerberg quando você usa o WhatsApp todos os dias, e que o Elon Musk sabe o que você pensa quando usa o Grok, compartilhar os dados com os chineses não me parece algo tão ruim assim.

Aliás, todas as plataformas de inteligência artificial usam os seus dados de forma irrestrita e quase indiscriminada para treinar os seus modelos de linguagem.

Logo, o Qwen não está fazendo absolutamente nada de diferente em relação aos concorrentes neste aspecto. Só não cobra nada por isso.

Com essa premissa em mente, sua cabeça é o teu guia.


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