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Como Tim Cook pode salvar a Nike

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A Nike enfrenta neste exato momento uma das maiores crises de sua história.

Registrou uma queda de 25% no seu valor de mercado, as vendas retraíram em 10% em todo o mundo no último trimestre, e a marca (muito provavelmente) vai perder o contrato de patrocínio com a CBF, deixando de estampar seu logo na camisa da Seleção Brasileira depois de quase três décadas de parceria.

E tem uma pessoa do mundo da tecnologia que pode salvar a Nike do buraco: Tim Cook.

O atual CEO da Apple (que deve se aposentar em breve) também é membro independente do conselho da Nike desde 2005, e agora conta com um papel central na recuperação da empresa.

 

As mudanças internas na Nike

Entre os motivos que resultaram na atual crise da Nike estão as mudanças na estratégia de vendas diretas, problemas de estoque, marketing ineficaz e a falta de inovação em categorias de produtos que são consideradas essenciais para a capitalização da empresa.

Sem falar na concorrência, que já era grande, mas que aumentou com a chegada das marcas asiáticas no setor calçadista.

Tim Cook já tem forte influência neste processo de recuperação da empresa, já que foi voz decisiva na nomeação de Elliott Hill como CEO da Nike.

Elliot é um veterano dentro da empresa, e é conhecido por sua estratégia de valorizar talentos internos que conhecem a essência da organização.

Tim Cook mostrou neste movimento a sua capacidade de influenciar pessoas que estão além da Apple, oferecendo orientações à Nike sobre design de lojas e gerenciamento de crises.

Aqui, Cook deu peso especial para a China, onde ambas as empresas possuem fortes interesses e encontram naturais dificuldades por conta da disputa comercial entre o país asiático e os Estados Unidos.

 

As conexões entre Apple e Nike

Não é de hoje que Apple e Nike estão conectadas de alguma forma. E vou além da participação de Tim Cook no grupo de diretores.

O vínculo entre as duas empresas está mais do que reforçado por iniciativas como os sapatos “criados no iPad” e pulseiras do Apple Watch exclusivas e assinadas pela Nike.

Tudo isso reflete a enorme capacidade de Tim Cook em construir pontes entre diferentes culturas empresariais algo que é mais do que necessário no atual mundo corporativo.

Se algumas empresas não estabelecerem parcerias estratégicas para disseminar o peso e a relevância de suas respectivas marcas, o mercado tende a se esvaziar, promovendo o desaparecimento de algumas corporações.

Bem sabemos que Tim Cook também está neste momento pensando em sua aposentadoria da Apple, e que alguns nomes começam a ser ventilados nos corredores da sede da empresa.

Por outro lado, Cook deixa um legado bem interessante, tanto para a Apple como para a Nike: manter talentos internos e promover a recuperação de grandes empresas com uma liderança silenciosa e eficiente.

Se a Nike vai se recuperar e voltar a ser uma gigante no seu setor de material esportivo, só o tempo vai dizer.

Mas se a estratégia de Cook ajudou a Apple a se manter no topo, é possível acreditar em uma eventual volta da Nike.

Tudo é uma questão de perspectiva, entende?


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