A Microsoft aumentou o preço do Microsoft 365 em 30% (na média) com a inclusão do Copilot “de graça” entre os seus recursos. Na prática, não existe almoço grátis, muito menos recursos de IA enfiados goela abaixo dos usuários.
A gigante de Redmond, assim como várias outras Big Techs, está investindo pesado em inteligência artificial e quer rentabilizar esse investimento vendendo recursos adicionais em seus produtos, como é o caso do Copilot integrado no Microsoft 365.
Acontece que a Microsoft fez isso na base da imposição. Não perguntou para ninguém. E muitos usuários simplesmente não querem ou não precisam desses recursos, e consideram o aumento de preço injustificado.
Este artigo explica como manter o preço antigo do Microsoft 365 através da “engenharia social”, além de apresentar algumas alternativas para quem não quer pagar para seguir com sua produtividade no pacote de escritório.
IA como desculpa para aumentar preços
Não é só a Microsoft que está se valendo da estratégia para aumentar os preços das assinaturas de qualquer coisa. Todas as grandes empresas de tecnologia estão fazendo o mesmo.
O problema é que, no caso do Microsoft 365, o aumento foi descarado.
Além disso, a chegada do DeepSeek no mercado de IA tem desafiado todas as Big Techs, mostrando que existem alternativas de chatbots mais acessíveis e igualmente competentes.
Ou seja, ou a Microsoft tenta capitalizar agora com o Copilot, ou pode não ter a chance de fazer isso depois.
A chegada dos PCs com IA também tem aumentado o preço do hardware, o que tem gerado resistência por parte dos usuários, que não veem necessidade de pagar mais por algo que não entendem como necessário.
Por isso, a válvula de escape da gigante de Redmond foi o Microsoft 365, que é muito utilizado por estudantes e profissionais. Esse público renova o pacote de escritório com frequência maior do que investir em novos computadores.
Perceba como tudo se encaixa.
Como reduzir o preço do Microsoft 365
Para manter o preço antigo do Microsoft 365, é preciso dizer para a gigante de Redmond o seguinte: “eu não sou obrigado a ter o Copilot à força e, por isso, vou te abandonar”.
Tá, não é literalmente isso. Na prática, é só pedir o cancelamento do Microsoft 365 mesmo.
Quando você solicita o cancelamento do serviço, a dona Microsoft vai oferecer o plano “Microsoft 365 Classical Family”, que nada mais é a versão anterior do pacote, sem IA e com o preço antigo.
De forma conveniente, a Microsoft não apresenta em lugar nenhum a alternativa de contratação desse plano para os usuários.
Essa é a ÚLTIMA ALTERNATIVA oferecida pela empresa para que você não abandone o pacote de escritório, tirando do usuário a liberdade de escolha sobre o plano que quer contratar.
Existem outras alternativas?
Para quem não concorda com o que a Microsoft fez, pode simplesmente ir para o LibreOffice, que é um pacote de escritório de código aberto.
O problema é que o LibreOffice não tem todos os recursos presentes no antigo Office, sem falar nas questões de compatibilidade de documentos.
Então, para quem procura por uma alternativa dentro do ecossistema da Microsoft, a saída é optar por uma versão mais antiga do pacote de escritório da empresa, como o Office 2016 Pro Plus.
O download do instalador é relativamente fácil de ser encontrado, e dá para adquirir uma licença oficial por um preço menor que o valor anual do Microsoft 365.
É importante que os usuários estejam conscientes dos seus direitos e não se sintam obrigados a pagar por recursos que não utilizam.