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Como serão os novos escritórios após a pandemia

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Ainda estamos no meio da pandemia, mas muitos estão pensando no retorno às atividades. Porém, muitos já entenderam que o mundo no futuro não será o mesmo, inclusive nos escritórios. A transição para o tele trabalho já é uma realidade, e o trabalho presencial também vai sofrer modificações sensíveis.

Nem todo mundo vai poder trabalhar de casa. As funções burocráticas podem ser realizadas através do home office, mas bem sabemos que postos mais funcionais ou executivos necessitam das pessoas nos escritórios. E é preciso garantir a segurança desses profissionais no ambiente de trabalho em coletivo.

 

 

 

Mudanças que podem resultar em uma grande evolução

 

O último movimento era para os escritórios abertos, com o Google como um dos principais líderes dessa tendência. O conceito deixava para trás os cubículos dos anos 90, que podem estar de volta, com um conceito mais distanciado e menos propenso aos ambientes de trabalho muito povoados.

Alguns designers especializados em interiores de escritórios estão apresentando algumas propostas para a transição pensando em escritórios mais seguros. Medidas como sistema de recirculação e filtragem do ar, uso de materiais antimicrobianos para as novas construções, espaços mais amplos com regulação dos sentidos de circulação e muitas reformulações de elementos como elevadores e banheiros para um uso sem qualquer tipo de contato físico.

Serão prédios que não terão botões, corrimões ou manivelas. Nada que implique tocar uma superfície que outra pessoa pode tocar. Até as pias de banheiro terão barreiras de acrílico para separar os usuários. Tudo isso é pensado para as novas estruturas de prédios e escritórios.

Os designers também pensam em soluções ainda mais complexas (talvez viáveis apenas para as grandes corporações), como adaptar elevadores e outros espaços comuns para que possam ser utilizados a partir de comandos de voz, inclusive na hora de abrir portas. As medidas podem chegar ao ponto do uso das videoconferências inclusive com pessoas que estão no mesmo prédio ou escritório, para não ter que utilizar as salas de reuniões, evitando aglomerações.

Os espaços de trabalho pessoais (aka escritórios) também terão que ser reformulados para facilitar a limpeza diária, o que implica em erradicar objetos decorativos e pessoais, além de uma maior ênfase em equipamentos tecnológicos portáteis.

A ideia é que cada funcionário possa trabalhar com o seu equipamento, levando o dispositivo para casa no final da jornada de trabalho. Nesse sentido, ganham popularidade os monitores externos para que cada funcionário conecte o seu notebook, para que no dia seguinte o equipamento possa ser utilizado por outro funcionário.

Alguns profissionais falam de medidas como o trabalho presencial intermitente, onde metade dos funcionários vão aos escritórios em um dia, e a outra metade em outro, em dias alternados. O Google já planeja ter escritórios mais vazios, e as grandes empresas devem avaliar se vale a pena ter a presença integral dos funcionários no lugar de cumprir as medidas de higiene, ou se é melhor criar as suas próprias normas de segurança, implementando uma espécie de “polícia sanitária” dentro da própria empresa.

O novo normal está chegando, e com ele chegam vantagens para quem melhor souber se adaptar ao novo cenário, encontrando o equilíbrio entre a produtividade, a segurança e as medidas em favor da saúde mental dos seus funcionários.

É basicamente um Darwinismo empresarial forçado.


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