Uma rede social que não tem a mesma massificação do Facebook ou Instagram, mas obteve sucesso entre os mais influentes, meios de comunicação políticos, instituições governamentais, esportistas de elite… enfim, assim é o Twitter.
Faz tempo que o Twitter estacionou na casa entre 300 e 350 milhões de usuários ativos por mês, com algumas perdas pontuais. Por outro lado, a rede social é cada vez mais utilizada.
Os mais de 300 milhões de usuários do Twitter são rentabilizados de duas formas:
Publicidade direta
Tweets promocionais, contas e tendências pagas por suas respectivas empresas. O custo dessas campanhas varia em função do volume comprado, segmentação, etc. Além do objetivo final: download de um aplicativo, cliques para um site, obter mais seguidores, difusão de uma mensagem, etc.
A publicidade se tornou algo vital para o Twitter, pois determina a forma mais completa possível o perfil de cada usuário, para poder cobrar mais dos anunciantes.
As melhorias são orientadas para reduzir os trolls e as mensagens de ódio, mas também para segmentar com precisão aqueles que não incorporam os seus dados. Esta via de monetização é a principal para o Twitter: 86% de sua receita em 2018 veio da publicidade.
Licenças de dados
A maior parte dos conteúdos do Twitter é aberta, pública e indexável. A empresa vende licenças de todos esses dados públicos para poucas empresas, que desenvolvem algoritmos para minerar dados para estudos sobre respostas dos consumidores.
Muitos acusam o Twitter de usar os dados das mensagens diretas para a mesma finalidade, algo que a rede social sempre negou. De qualquer forma, os dados das mensagens são coletados e direcionados para anunciantes, que pagam por essas informações.
Um 2018 que confirma a recuperação
O Twitter sempre perdeu dinheiro, até 2017. No último trimestre do ano passado, a rede social obteve lucros pela primeira vez em sua história. E não foi pouca coisa: 12% (em 2013, o saldo negativo chegou a 75%).
Não foi uma recuperação fácil. Em 2015, o Twitter demitiu 8% de seus funcionários em busca de rentabilidade. Em 2017, a empresa decidiu ser uma rede social centrada em um nicho de usuários no lugar de tentar se expandir constantemente, tal e como faz o Facebook.
Também foram tomadas medidas para aumentar as receitas. Por exemplo, a polêmica decisão de reduzir os aplicativos de terceiros, estimulando os usuários a utilizarem os clientes oficiais e web, onde todos os patrocinadores são exibidos.
2018 continua a ser um bom ano para o Twitter. Os dois primeiros trimestres fecharam com marges de lucro entre 9% e 14%, com receitas estimadas em US$ 2.992 bilhões para o final do ano.
Bons números que revertem a tendência de 2015. Agora, o Twitter planeja aumentar (de novo) o seu número de funcionários.
E assim, continuar a crescer.