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Como o Cyberflashing está se tornando um problema em todo o mundo

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Antes da era dos smartphones e da era da internet, existia o ‘flashing’, que era o ato de uma pessoa se posicionar na frente de outra pessoa (normalmente um homem diante de uma mulher) e exibir o seu órgão sexual. Pois bem, a prática evoluiu, e hoje existe o ‘cyberflashing’, que é basicamente a mesma coisa, mas com a ajuda da tecnologia para manter o anonimato.

Rastrear e identificar o praticante do cyberflashing é algo quase impossível, e acontece em larga escala, se transformando em um grave problema em vários países. Tecnicamente, não é um ato ilegal, pois não é tipificado como um delito. Mas é imoral.

 

 

Quando ser um pervertido é algo bem simples

Por enquanto, a prática afeta apenas aos usuários do iPhone ou iPad via AirDrop, que permite o envio de conteúdo entre dispositivos iOS e macOS com apenas um toque. Tal função serve para receber conteúdo automático dos nossos contatos de forma restrita, ou de qualquer pessoa. E o problema é que a maioria dos usuários configura o recurso para receber conteúdos de qualquer pessoa.

Assim, o cyberflasher aproveita locais públicos para enviar conteúdos a partir do seu iPhone, enviando as fotos e vídeos com conteúdo sexual explícito, identificando os dispositivos abertos no AirDrop. Então, é só enviar o material e pronto.

Os usuários do AirDrop aberto vão receber uma notificação onde alguém está tentando enviar fotos ou vídeos, mas antes de poder recusar o recebimento, a imagem do que é enviado é exibida. E aí o estrago já está feito.

A má notícia aqui é que não há uma forma de saber sobre a origem do envio, já que só é possível ver o nome do dispositivo ou o seu endereço de e-mail, algo que não ajuda em um rastreamento imediato, ainda mais em um local cheio de pessoas. Tal comportamento começou a aparecer em aeroportos, shoppings, aviões, metrô e outros locais de grande circulação, onde as pessoas normalmente estão consultando os seus smartphones.

 

 

 

Nova York quer ser a primeira a criminalizar o cyberflashing

Não há números oficiais sobre o cyberflashing, mas as queixas nas redes sociais só aumentam. Diante disso, um grupo de legisladores em Nova York apresentaram a primeira iniciativa legal para criminalizar a prática, com até um ano de prisão e multa de até US$ 1.000 para a pessoa que enviar um vídeo ou imagem sexualmente explícita não solicitada para outra pessoa, com a intenção de assédio ou infortúnio.

Em Nova York já existe uma lei que proíbe o assédio ou as ameaças por telefone, telégrafo, correio postal ou qualquer outra forma de comunicação por escrito. A ideia é atualizar a lei para incluir o envio de imagens íntimas utilizando um dispositivo eletrônico, como um smartphone ou qualquer outro dispositivo de comunicação eletrônica, incluindo os dispositivos capazes de enviar mensagens de texto e correios eletrônicos.

Porém, infelizmente, a discussão acontece apenas em Nova York, e não nos demais países. Para os usuários do iPhone, a única coisa que você pode fazer é configurar o AirDrop com a opção para recebimento de arquivos apenas para os nossos contatos, para assim evitar surpresas e conteúdos não desejados. Ou simplesmente desative o recurso em locais públicos.


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