Parece que as baterias de smartphones voltaram a aumentar de tamanho, finalmente. Não é um aumento considerável, mas ao menos aproveitam o espaço interno com o aumento das telas. Porém, os investimentos nas tecnologias de recarga rápida de bateria não param.
A Xiaomi detém (nesse momento) o recorde de recarga rápida de smartphones, com os 120W do Xiaomi Mi 10 Ultra. O modelo foi apresentado oficialmente, e agora a empresa explica como alcançou essa velocidade de recarga tão alta.
120W para o primeiro Quick Charge 5 do mercado
Estamos diante de uma bateria de 4.500 mAh para uma tela de 6.67 polegadas e 16 cm de altura, mas com um sistema de recarga rápida simplesmente espetacular. Os 120W farão com que os tempos de recarga sejam inéditos em um smartphone (até agora).
O Xiaomi Mi 10 Ultra pode carregar 41% de sua bateria em apenas cinco minutos. Nada mal, não? Mas tem mais: sua carga completa acontece em apenas 23 minutos. De novo: tempos de recarga inéditos. Sem falar que é o primeiro smartphone com o Qualcomm Quick Charge 5.
Powered by #Snapdragon 865 and the first device to include Quick Charge 5, we’re thrilled to share the @Xiaomi #Mi10Ultra received the top score from @DxOMark. https://t.co/abL7SsEyOj
— Qualcomm (@Qualcomm) August 12, 2020
Para chegar nesse ponto, a bateria foi redesenhada e dividida em duas partes. A Xiaomi mudou o design da bateria para reduzir o circuito de proteção e carga, permitindo assim armazenar uma maior quantidade de bateria em um mesmo espaço, contando com um novo material condutor à base de grafeno no eletrodo positivo da mesma. O grafeno é até 1.000 vezes mais condutor que outros materiais tradicionais, o que ajuda a aumentar a velocidade de carga.
Logo, uma única bateria de 4.500 mAh funciona internamente como dois módulos de 2.250 mAh, permitindo assim que o telefone trabalhe com os fluxos de corrente elétrica para, na prática, alimentar a bateria a um máximo de 120W.
800 ciclos de carga para uma vida útil acima dos 90%
O carregador que a Xiaomi inclui no kit de venda do Xiaomi Mi 10 Ultra conta com duas correntes de tensão de 20V e 3A cada uma, ou 60W efetivos para cada uma das correntes. No interior do smartphone, as correntes se convertem para baixa tensão, passando a ser de 10V e 6A, mantendo a potência inicial, mas melhorando sua estabilidade.
Todo o processo possui uma eficiência energética de 98,5%, onde a carga real e efetiva é de aproximadamente 118 watts.
O processo seria gerenciado por um novo chip de recarga da Qualcomm feito sob medida para a Xiaomi. Este chip também pode gerenciar o calor da transferência de energia, reduzindo as temperaturas com vários processos internos, fazendo a bateria sofrer menos que o esperado com tal fluxo elétrico que a bateria do dispositivo pode alcançar.
Por fim, o novo sistema de recarga rápida da Xiaomi tem 34 capas de proteção para manter todo o processo seguro, além de proteger a bateria do Xiaomi Mi 10 Ultra, que deve suportar 800 ciclos de carga e descarga completas, mantendo a sua vida útil acima dos 90%.
Pena que não vamos poder ver tudo isso de perto, já que a Xiaomi confirmou que o Mi 10 Ultra não está destinado ao mercado internacional. A não ser é claro que algum corajoso decida contrabandear o dispositivo por contra própria, ou alguma loja chinesa decida despachar o telefone para o Brasil.
Via Xiaomi/Weibo