A Sony se antecipou ao iFixit e desmontou por conta própria o PS5, revelando assim todos os seus detalhes técnicos. E, obviamente, temos algumas coisas bem chamativas, como o slot M.2 para unidades SSD PCIe 4.0, e uma solução de refrigeração composta por um enorme ventilador de 120 mm e 45 mm de espessura, além de um sistema de condução térmica de metal líquido para melhorar a dissipação do calor gerado pela CPU.
Como é o PS5 por dentro?
O vídeo mostra Masayasu Ito, vice-presidente executivo de engenharia da Sony, abrindo o PS5 com relativa facilidade e, dessa forma, mostrando o seu interior.
A primeira surpresa está nos dois orifícios da carcaça interna que acumulam a poeira que entra no console, permitindo que o usuário aspire a poeira de forma direta com um aspirador de pó. O slot M.2 para unidades PCIe 4.0 permitem a expansão do armazenamento do console no futuro, mas em um processo teoricamente mais complexo que no Xbox Series X/S, onde o slot de expansão está do lado de fora dos consoles da Microsoft.
Na parte de refrigeração, reforçamos o destaque ao enorme ventilador de 120 mm e 45 mm de espessura, mantendo a temperatura interna refrigerado e, ao mesmo tempo, com baixa emissão de ruído. A unidade de Blu-ray 4K é revestida por uma cobertura de metal e duas capas isolantes para reduzir o ruído gerado pela unidade e a vibração do disco em movimento.
É possível ver tanto a CPU AMD Ryzen personalizada com arquitetura Zen 2 e a GPU AMD Radeon com arquitetura RDNA-2, além dos chips que completam os 16 GB de memória GDDR6 em uma disposição circular. Os chips estão soldados dos dois lados da placa-mãe: memórias de um lado, CPU, GPU e chips NAND Flash da unidade SSD (junto com o controlador) do outro lado. Vale a pena ver como a Sony resolveu a questão da condução térmica do SoC do console (CPU + GPU da AMD).
O TIM (Thermal Interface Material) utilizado para o PS5 é de metal líquido, e trabalha em conjunto com o dissipador e o ventilador para reduzir as temperaturas. Nele, temos os heat pipes que se comportam como uma câmera de vapor, sendo assim ainda mais potente na refrigeração por causa do formato e do fluxo de ar disponível no console.
Por fim, sua fonte de alimentação de 350W conta com uma carcaça protetora que está adaptada ao design interno do console. A análise termina com uma panorâmica geral dos elementos do PS5, que agora conhecemos um pouco melhor.
Conclusão
Todo o processo de desmontagem do PS5 é bem interessante, e permite tirar algumas conclusões e, ao mesmo tempo, levantar algumas dúvidas.
A Sony claramente se preocupou em como a potência de hardware poderia afetar a temperatura interna do console, e fez tudo o que era possível para manter tudo sob controle nesse aspecto. Vamos ver se as medidas tomadas funcionam na realidade prática do gamer.
E a grande pergunta que fica é: a Sony vai facilitar a vida daqueles que querem aumentar a capacidade de armazenamento do PS5 de forma simples, bastando comprar um SSD M.2 para realizar essa atualização?
Fico na torcida para que sim.
Via Blog PlayStation