O programa Chips and Science Act visa fortalecer a indústria de semicondutores nos Estados Unidos, reduzindo a dependência de produção estrangeira e garantindo segurança econômica e tecnológica.
Aproximadamente US$ 52 bilhões do orçamento do governo norte-americano foram alocados para empresas envolvidas na fabricação de circuitos integrados, com foco em pesquisa e desenvolvimento.
A lei foi aprovada pela administração Biden em julho de 2022, recebendo apoio tanto de democratas quanto de republicanos, destacando sua importância nacional.
Mas como um novo presidente foi eleito nos EUA…
Como Trump pode prejudicar TSMC e Samsung
O ex-presidente (e agora presidente recém-eleito) Donald Trump criticou o programa, afirmando que ele favorece empresas ricas e sugerindo que aplicar tarifas poderiam ter sido uma abordagem mais eficaz para incentivar a produção local.
A Intel é a principal beneficiária do Chips and Science Act, prevista para receber US$ 8,5 bilhões, seguida pela TSMC e Samsung, com US$ 6,6 bilhões e US$ 6,4 bilhões, respectivamente.
A incerteza sobre a continuidade do financiamento aumenta com a volta de Trump à presidência, o que poderia levar à reavaliação ou cancelamento das doações prometidas.
Enquanto isso, a TSMC está construindo três fábricas em Phoenix, Arizona, enquanto a Samsung planeja duas em Taylor, Texas, embora sua expansão tenha sido adiada por questões financeiras.
Apenas a American Polar Semiconductors recebeu os fundos programados até agora, levantando preocupações sobre o atraso na liberação dos recursos prometidos às outras empresas.
É importante lembrar que Donald Trump possui uma visão protecionista, e esse é um forte indício de que o Chips and Science Act está em séria ameaça.
Não apenas o fator de inovação pode ser seriamente afetado, mas todos os empregos diretos e indiretos que esses investimentos poderiam gerar também estão correndo risco de nunca serem criados ou de os atuais funcionários serem demitidos.
O que é meio contrastante para um candidato que prometeu aos quatro ventos “fazer da América” grande novamente.
Alguém pode se dar bem com isso?
Muito provavelmente esses recursos financeiros vão parar nas mãos de empresas norte-americanas, mas não necessariamente dentro do setor de semicondutores.
Os grandes empresários que são conhecidos apoiadores de Donald Trump são aqueles que mais vão se beneficiar com o fim do Chips and Science Act.
O único grande problema a médio e longo prazos será no aumento de custos por tais recursos tecnológicos, seja para a importação, seja para a produção desses processadores.
Se até mesmo a Intel, que é uma empresa norte-americana, pode deixar de receber esses recursos, quem poderia receber esse dinheiro para impulsionar o setor dentro dos EUA?
É uma ótima pergunta que, pelo menos por enquanto, ainda não tem uma resposta clara.