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Como a Huawei fabricou o Mate 30 sem componentes norte-americanos

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A Huawei segue bloqueada para trabalhar com empresas norte-americanas, já que segue na entity list de Trump, o que a impede de operar com empresas dos Estados Unidos e, entre outras coisas, resulta na perda do acesso aos serviços do Google para os seus novos smartphones.

Por isso, Huawei Mate 30, Mate 30 Pro e outros modelos chegaram sem os Google Mobile Services, a Google Play Store e outros serviços proprietários. Porém, as mudanças internas nos smartphones da Huawei foram mais profundas, afetando o hardware dos dispositivos. Isso resultou na mudança da lista de provedores da empresa para fabricar um telefone 100% não norte-americano.

 

 

Mate 30 pós-bloqueio e sem chips americanos

 

 

O Huawei Mate 30 foi o primeiro modelo top de linha da Huawei a ser afetado pelo bloqueio. Por isso, conta com a App Gallery da empresa. Mas as mudanças também se refletiram na construção do dispositivo, com modelos fabricados antes e depois do bloqueio.

A Huawei precisou mudar a sua lista de provedores, substituindo chips e componentes de empresas norte-americanas por outras empresas com as quais ela poderia operar de forma livre.

O resultado? Um smartphone 100% não norte-americano, mas ainda é possível encontrar algumas unidades que chegaram ao mercado antes do bloqueio de Trump.

A Huawei já fabrica os seus processadores Kirin com base ARM há muito tempo, mas agora eles são totalmente independentes do bloqueio norte-americano. Porém, os demais chips do dispositivo precisaram ser alterados. No meio de tantas mudanças (por exemplo) os chips encarregados pela gestão energética dos novos Mate 30 são da MediaTek (antes eram da ON Semiconductor). Ou seja, a troca dos Estados Unidos por Taiwan.

O interruptor da antena que alterna entre frequência de dados em telefone era da Qorvo, e a Skyworks fornecia os componentes como provedor secundário. Agora, a Huawei usa o provedor japonês Murata. Para os chips das conexões WiFi e Bluetooth, saiu a Broadcom por chips de fabricação própria, vindos das fábricas de HiSilicon, tal e como aconteceu com os amplificadores de potência do telefone (antes eram da Qorvo, agora são de fabricação própria). A Cirrus Logic fornecia os amplificadores de áudio, e agora a Huawei opta pela holandesa NXP.

 

 

Ou seja, a Huawei foi paulatinamente substituindo os fornecedores norte-americanos por alternativas de outras partes do mundo, com países e empresas que tomaram posições diante das patentes norte-americanas.

A Huawei ainda não conseguiu se livrar por completo da dependência de componentes fabricados ou patenteados por empresas dos Estados Unidos em toda a sua cadeia de produção, mas demonstrou que está no caminho certo para alcançar esse objetivo. A empresa quer seguir integrando e comparando componentes de provedores dos Estados Unidos, mas se Trump fechar as portas de vez, a empresa vai seguir buscando alternativas em fornecedores de outros países.

 

Via WSJ


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