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Como a ausência dos serviços Google vai afetar os smartphones da Huawei

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Tem muita confusão sobre o que realmente vai acontecer com o sistema operacional dos novos Huawei Mate 30 e Mate 30 Pro, mesmo depois do anúncio oficial dos smartphones. Com esse post, vamos tentar colocar um pouco de luz na discussão, mostrando o que realmente significa para esses telefones não contar com os serviços do Google, e quais possibilidades contam os usuários em instalar manualmente esses serviços.

 

 

Como funciona a AOSP

Segundo explicou a Huawei, os novos Mate 30 e Mate 30 Pro chegarão com o Android Open Source Project (AOSP), projeto de código aberto que contém o Android por completo. Todos os fabricantes contam com suas versões baseadas nesse código.

O AOSP se atualiza a cada mês, quando as atualizações de correções de segurança são lançadas para os modelos Pixel. Quando uma grande atualização do Android é lançada (por exemplo, do Android Pie para o Android 10) para os smartphones do Google, este código é enviado ao mesmo tempo.

Ou seja, é o mesmo Android, com as mesmas correções. O software dos modelos Google Pixel contam com algumas modificações específicas que é só dele, e o AOSP não recebe. Apenas para diferenciar da concorrência.

O Google tem um programa com várias empresas que recebem acesso direto ao código antes de ser publicado. No caso das correções de segurança, elas chegam aos fabricantes três semanas antes de seu lançamento mensal, mas eles só são liberados em uma data específica.

 

 

Como a ausência do Google vai afetar os dispositivos da Huawei?

 

 

A Huawei vai perder esse acesso antecipado ao código, desacelerando qualquer desenvolvimento do seu software. Por outro lado, os Google Mobile Services (GMS), pacote em que o Google oferece para as empresas processos específicos solicitados pelos fabricantes, não serão um problema caso a empresa chinesa não receba, mas também está proibida a oferta do mesmo para a Huawei.

Na prática, o código que o AOSP que será utilizado pela Huawei é o mesmo das demais, mas com atualizações que chegam depois das empresas parceiras do Google. O pacote de segurança é o mesmo, com exceção do Play Protect (que escaneia os apps da Play Store antes de instalar), que está no pacote GMS.

Isso não impede que os novos smarpthones da Huawei possam receber o GMS em uma instalação manual e posterior, mas o processo é complicado para os leigos. Mas o mesmo pode ser automatizado, sem violar as normas do bloqueio de Trump.

O maior inconveniente é ver o dispositivo não certificado, onde o Google Pay não vai funcionar. Também não será possível rodar conteúdos em HD na Netflix, pela ausência do Widevine (produto do Google para DRM).

Tudo isso também tira do telefone coisas básicas, como Play Store, Google Drive, Gmail e outros apps. A Huawei procura uma forma para o usuário poder instalar os serviços do Google de forma simples.

 

 

Uma possível solução não isenta de problemas

 

 

Uma das saídas é a publicação de um instalador ou APK do pacote GMS, com todos os APKx em suas respectivas localizações. Uma simples modificação no código pode entregar ao app permissões de sistema (root).

Assim, todos os serviços do Google poderiam ser instalados, mesmo que os dispositivos não estejam certificados. O problema é que isso pode ser ilegal: o Google nunca criou problemas com as ROMs por apoio da comunidade de desenvolvedores, mas se a Huawei fizer isso, o governo dos Estados Unidos pode não gostar, e pressionar a gigante de buscas nesse sentido.


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