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Como a Apple foi decisiva na vitória de “No Ritmo do Coração” ao Oscar de Melhor Filme

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“No Ritmo do Coração” (CODA) só se tornou o favorito para vencer o Oscar 2022 nas últimas semanas. E venceu o prêmio de Melhor Filme. O longa conta a história da única pessoa com audição em uma família de surdos (por isso, CODA = Children of Deaf Adults), e é impossível não se sensibilizar com a narrativa apresentada.

Esse filme entrou para a história como o primeiro a vencer o Oscar de Melhor Filme vindo de uma plataforma de streaming. Neste caso, a Apple TV+ (no Brasil, ele está disponível no Amazon Prime Video), tirando essa honra da Netflix, que tentou em tantas vezes receber essa premio, mas foi esquecido no churrasco. De novo.

Neste post, vamos entender como a Apple influenciou decisivamente na vitória de “No Ritmo do Coração” ao Oscar de Melhor Filme.

 

 

 

O futuro da Apple como produtora vale US$ 25 milhões

“No Ritmo do Coração” teve um impacto muito positivo no Festival de Cinema de Sundance, e isso fez com que a Apple pagasse nada menos que US$ 25 milhões pelos direitos de distribuição do filme de forma exclusiva. É o valor mais elevado já pago por um longa que participou do festival de cinema independente.

Por acreditar na qualidade dessa história, a Apple também investiu pesado na campanha de promoção do filme. injetando aproximadamente US$ 10 milhões, uma quantia de dinheiro que chega a superar os custos de produção do filme, mas bem menos que a própria Netflix gastou em 2020 para tentar (e não conseguir) ganhar o mesmo prêmio (US$ 70 milhões).

Logo, nem é preciso pensar muito para concluir que o poderio financeiro que a Apple possui (já que é hoje a empresa mais valiosa do planeta) fez com que o Apple TV+ se tornasse automaticamente uma produtora muito robusta para atender as necessidades do grande esquema criativo estabelecido por Hollywood.

Mesmo sem revelar os números de assinantes globais do Apple TV+, precisamos colocar em contexto as informações que nós sabemos sobre a Apple nos aspectos financeiros: os últimos resultados indicam que a empresa conta com nada menos que 785 milhões de assinaturas pagas em diferentes serviços, 27% a mais que o ano anterior, e com lucros que alcançam US$ 124 bilhões.

Ou seja, a Apple produz muito menos que Disney+ e Netflix, e consegue lucrar essa pilha de dinheiro. O que, para mim, já basta: mantendo no ar séries como The Morning Show e Ted Lasso é mais do que suficiente.

 

 

 

A disputa pelo poder patrocinada pelas plataformas de streaming

É fácil concluir que a Apple apostou muito dinheiro na campanha promocional de “No Ritmo do Coração” para que o filme se tornasse o grande vencedor do Oscar 2022. E deu certo: o longa ganhou três prêmios em três indicações, e de forma merecida. É um ótimo filme.

Mas não podemos deixar de enxergar o óbvio: a Apple pegou um filme que estava pronto, jogou um monte de dinheiro nele e conseguiu o Oscar. Não fez o mesmo que a Netflix, que colocou muito dinheiro nas ideias, o que resultou nas indicações para O Irlandês, Roma e Ataque dos Cães.

Aliás, a Netflix teve 11 filmes indicados ao Oscar 2022, e vai continuar a investir em filmes pensando nas premiações. Esperamos que a Apple faça a mesma coisa, incluindo as ideias que nascem da origem.

Agora, qualquer pessoa entende que aqui também se combinou o dinheiro da Apple com o ranço que a Academia de Hollywood tem da Netflix. Mas eu falo sobre esse ódio escancarado em outro post.


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