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Co-fundador do WhatsApp alega mentira de Mark Zuckerberg para deixar o Facebook

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Brian Acton, co-fundador do WhatsApp, quebrou o seu silêncio sobre os motivos que o levaram a abandonar o Facebook em uma entrevista para a Forbes. De foram resumida, os motivos envolvem as divergências diversas que teve com Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, e Sheryl Sandberg, diretora de operações da rede social.

Um dos principais destaques da entrevista foi a revelação do processo de compra do WhatsApp em 2014 e sua evolução por parte das autoridades regulatórias da União Europeia.

Brian fez as revelações horas depois que os co-fundadores do Instagram, Kevin Systrom e Mike Krieder, anunciaram as suas respectivas saídas do Facebook, também alegando tensões e divergências com o comando de Zuckerberg.

De modo geral, tanto Ancton como Jan Koum, o outro co-fundador do WhatsApp (que também abandonou o Facebook há quatro meses) deixaram a rede social porque basicamente Zuckerberg queria que ambos ocultassem para a Direção Geral de Concorrência da Comissão Europeia os detalhes mais sensíveis da operação de compra do serviço de mensagens instantâneas. Ele foi treinado para explicar que seria realmente difícil fundir ou misturar os dados dos dois sistemas, mas se recusou a fazer.

Por duas oportunidades, o Facebook ocultou a possibilidade reali de vincular as contas dos usuários da rede social com os dados do WhatsApp para essa comissão, oferecendo informações incorretas ou enganosas durante a investigação da ação de compra.

Em maio de 2017, a mentira foi descoberta (o Facebook sabia o tempo todo que, tecnicamente, isso era possível), e foi condenada a pagar uma multa de US$ 110 milhões, mas sem maiores consequências na operação. De compra e venda da empresa.

Outro problema que resultou na saída de Brian Acton do Facebook foi a codificação ponta a ponta do WhatsApp. Isso seria um problema para a rede social em tentar monetizar o serviço de mensagens instantâneas.

De acordo com Acton, o Facebook queria vender ferramentas empresariais para conversar com os usuários do WhatsApp e ferramentas de análises, mas a codificação ponta a ponta evitava a leitura das mensagens por parte do WhatsApp e do Facebook.

O Facebook não queria remover o recurso de encriptação ponta a ponta, e buscaram formas de atender as empresas com o fornecimento de dados analíticos sobre os usuários do WhatsApp ao mesmo tempo em que mantinham o ambiente de chat codificado.

A ideia de monetização não agradou a Acton, que propôs um modelo de usuário médio, onde se cobrava um pequeno valor depois que um grande número de mensagens gratuitas eram enviadas ou recebidas. O Facebook descartou a proposta, pois isso poderia causar avarias no número de usuários.

Aqui, teria sido o fim da linha para a relação enter Acton e Zuckerberg. Os dois não se entenderam sobre a ideia de ganhar dinheiro com anúncios, o time jurídico dentro do Facebook não estavam de acordo com as iniciativas de monetização, e Zuckerberg deu a cartada final. Acton decidiu não brigar mais, e foi embora do Facebook.

Hoje, Brian Acton se reconhece como um vendido. Não só por vender o WhatsApp, mas por também não brigar para fazer valer a cláusula que ele e Koum assinaram, onde previa a recuperação de suas ações na empresa se o Facebook começasse a implantar iniciativas de monetização na plataforma sem o consentimento dos dois.

O silêncio de Acton lhe rendeu US$ 850 milhões.

 

Via Forbes


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