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Claro (de novo) discriminando quem paga menos

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É a dona Claro, mais uma vez, segregando os seus usuários. Só pode ser isso! Quem paga menos para a operadora não recebe os mesmos benefícios dos planos mais caros. E faz tempo que isso está acontecendo.

A Anatel implementará o sistema “Origem Verificada” para facilitar a identificação de chamadas legítimas de empresas. O recurso exibe o nome da empresa, o logotipo e o motivo da ligação diretamente na tela, aumentando a confiança do usuário em atender ligações. O objetivo é reduzir fraudes telefônicas e spam.

Agora… pergunta se todos os clientes da Claro vão receber o recurso em seus planos?

 

A dependência da rede 4G/5G e do VoLTE

A função Origem Verificada é baseada em protocolos de segurança avançados, que já são utilizados nos Estados Unidos e Canadá para validar chamadas, garantindo dessa forma que a ligação seja autêntica e entregando uma maior segurança ao usuário.

Para o funcionamento do Origem Verificada, é necessário que a rede 4G ou 5G e a tecnologia VoLTE (Voice over LTE) estejam habilitadas. Isso significa que a chamada de voz precisa ocorrer em uma rede digital, o que demanda que o celular esteja conectado ao 4G com suporte para chamadas por dados.

O grande problema da Claro está justamente na oferta do VoLTE.

Outras operadoras como TIM e Vivo oferecem o VoLTE para todos os planos e áreas de cobertura. Já a Claro restringe esse recurso apenas para clientes do plano pós-pago.

Ou seja, milhões de usuários dos planos pré-pago, controle e Claro Flex estão EXCLUÍDOS do Origem Verificada de forma automática, sem ter o acesso ao identificador de chamadas aprimorado.

E isso, porque eu mesmo tenho um smartphone compatível com o VoLTE (Samsung Galaxy S21 Ultra).

 

Os clientes Claro que ficarão de fora do Origem Verificada

Segundo dados da Anatel, mais de 35 milhões de clientes da Claro, ou cerca de 40% da base da operadora, não possuem acesso ao VoLTE.

Todo esse grupo de usuários não vai receber o Origem Verificada, a não ser que a Claro mude de ideia. Ou que esses clientes mudem de operadora. O que acontecer primeiro.

A tecnologia VoLTE foi introduzida inicialmente para atender à demanda por chamadas de voz em redes 4G, trazendo maior qualidade de áudio e menor tempo de conexão.

A TIM e a Vivo foram pioneiras no Brasil na adoção do VoLTE, enquanto a Claro iniciou a implementação mais tarde e de forma limitada.

O que é estranho, já que a Claro sempre promoveu que tinha a tecnologia mais avançada do mercado, com a melhor cobertura e maior qualidade de chamadas.

Sim… eu estou sendo irônico.

Clientes de planos controle e Flex da Claro, que apresentam menor custo mensal (e menor ticket médio para a operadora), serão os mais impactados pela restrição.

Com o plano Flex básico custando cerca de R$ 39,90 mensais e o pós-pago ultrapassando os R$ 100, a adoção restrita do VoLTE cria barreiras financeiras para os usuários terem acesso à Origem Verificada.

É uma segregação econômica que é proibida pelo Código de Defesa do Consumidor (art. 51, inc IV). Mas parece que a dona Claro ignora a leitura de nossas leis.

 

O que diz a dona Claro?

A Claro ainda não forneceu uma previsão para expandir o VoLTE a toda a base de clientes, mostrando o seu “compromisso” com a melhor qualidade para quem paga pelos seus serviços.

Aqui, estamos diante de uma falta de alinhamento da operadora com as exigências tecnológicas do presente. E quem é diretamente prejudicado com isso é o consumidor.

Nem preciso dizer que recursos como o Origem Verificada são mais do que desejados para melhorar a experiência e a segurança do usuário contra fraudes telefônicas.

E é vergonhoso ver uma operadora como a Claro, que é gigante, negligenciar (mais uma vez) com os clientes, que deveriam receber um serviço de qualidade.

E para quem diz o famigerado “é só pagar a mais para receber um serviço melhor”, eu digo: pague a minha conta, pois não sou obrigado a ser sempre discriminado pela dona Claro.


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