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ChatGPT pode “matar” os assistentes de voz?

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As inteligências artificiais conversacionais chegaram para ficar, goste você ou não. E muito provavelmente farão parte dos atuais assistentes de voz que temos hoje nos smartphones e alto-falantes.

Hoje, Google Assistente, Alexa e Siri estão muito longe da naturalidade e profundidade de resposta do ChatGPT. E alguns especialistas no setor afirmam que todos esses assistentes estão tão atrás da tecnologia da OpenAI, que podem ser aposentados se não forem atualizados para uma nova proposta.

Pode até parecer uma previsão alarmante, mas bem realista quando entendemos a explicação técnica. Por isso, vale a pena dar um pouco de contexto para essa problemática.

 

Responder perguntas não basta

John Burkey, antigo funcionário da Apple, fez declarações recentes ao New York Times sobre o assunto, e explicou como o ChatGPT pode ser muito mais poderoso que o Siri, assistente virtual da Apple.

Em linhas gerais, ele afirmou que os principais assistentes virtuais disponíveis no mercado funcionam com sistemas de comando e controle. Já as tecnologias de Inteligência Artificial conversacional ou AI Chatbots funcionam com grandes modelos de machine learning.

Se um usuário pede ao Siri algo que não está previamente programado em seu código, ele simplesmente diz que não pode ajudar. Não só a solução da Apple como qualquer outra similar dentro do mesmo segmento são muito problemáticas na hora de agregar novas funções, e o mesmo não acontece com o ChatGPT, que vai se moldando e melhorando a partir da interação com o usuário.

Ou seja, o Siri só pode responder perguntas muito básicas, a partir de uma consulta em uma base de dados que contém informações restritas de uma grande coleção de palavras.

De tempos em tempos, a Apple precisa adicionar novas frases e informações à base de dados do Siri para aumentar o seu vocabulário, que é muito limitado. Na prática, a base de dados dos atuais assistentes virtuais é metaforizada pelo especialista como “uma grande bola de neve”, e o trabalho para adicionar novas informações é enorme, levando semanas para ser revisado e concluído.

Se a Apple eventualmente optar por incluir as funções do GPT-4 (aka ChatGPT) no Siri, esse processo de incorporação de tecnologia poderia levar até um ano, apenas e tão somente pela complexa programação do assistente virtual da gigante de Cupertino.

E como sabemos que a Apple muito provavelmente não vai fazer isso (porque é a dona Apple que bem conhecemos)…

 

Os assistentes virtuais podem ficar obsoletos

Não é de hoje que a validade dos assistentes virtuais é questionada por diferentes setores. E uma das críticas mais severas veio de um executivo que até pouco tempo atrás tinha uma inútil Cortana nas mãos: Satya Nadella.

O CEO da Microsoft afirmou com todas as letras que “os assistentes de voz como Siri e Alexa são burros como uma pedra”. E a matéria do New York Times com um especialista no assunto só reforça essa crítica um tanto quanto ácida.

Quem também reforça a voz dos detratores dos assistentes de voz é Adam Cheyer, co-criador do Siri, que afirmou recentemente ao Financial Times que “o ChatGPT faz com que os atuais assistentes de voz pareçam estúpidos”.

E com o lançamento do GPT-4, que entrega melhores resultados, respostas humanizadas e maior capacidade de processamento (de texto e agora também em imagem), existem motivos fortes o bastante para pensar que os assistentes de voz estão sim com os dias contados.

Ou seja, para você que gastou muito dinheiro com algumas unidades do Amazon Echo porque gostou da experiência em interagir com a Alexa, pode sentar ao meu lado na rua da amargura, porque todos nós fomos literalmente abandonados no churrasco.

Por tudo isso que acabei de apresentar neste artigo, está mais que explicado por que a Amazon quer matar a Alexa a todo custo. E esse assassinato de tecnologia machuca os nossos corações.


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