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128 GB é o novo 64 GB (no smartphone)

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Em 2017, eu participei do Asus OnBoard 3. Naquele evento (uma das grandes “farras do boi” que Marcel Campos ofereceu para os produtores brasileiros de tecnologia), recebi uma unidade do ASUS Zenfone 3 Zoom.

Muitos parceiros de blogs, sites e canais do YouTube que estavam no evento comigo ficaram impressionados com os dois sensores de câmera e a qualidade fotográfica do dispositivo. E esses elementos também chamaram a minha atenção.

Mas eu estava feliz mesmo era com os 128 GB de armazenamento, que fazia todo sentido do mundo para um dispositivo que iria receber muitas fotos e vídeos. Em 2017, isso era muito mais do que os 64 GB que boa parte dos smartphones da época ofereciam.

Estamos em 2024. E 128 GB de armazenamento entregam hoje o mesmo efeito moral que os 64 GB disponíveis em 2017.

 

Pensa muito bem antes de aceitar os 128 GB nos dias de hoje… 

Posso estar exagerando, obviamente.

Afinal de contas, eu sou um produtor de conteúdo que registra fotos de produtos de tecnologia e gravo vídeos para o YouTube. Logo, eu preciso de uma quantidade maior de armazenamento em relação aos demais meros mortais.

Mas não é bem assim que a banda toca. Ou eu jamais gastaria o meu tempo de descanso para escrever este artigo para você.

O mundo conectado de 2024 é bem diferente daquele que existia em 2017. Em todos os aspectos. Pode não parecer, mas as mudanças são sensíveis.

Hoje, temos o 5G (indo para o 5.5G), uma banda larga residencial que possui fibra ótica, o WIFi 7 e uma enorme quantidade de conteúdo que recebemos e enviamos todos os dias.

Não estou falando dos vídeos no YouTube ou no xHamster. Falo do conteúdo que nós, usuários geeks ou meros mortais, produzimos todos os dias.

Com câmeras melhores presentes inclusive em smartphones de entrada que custam em torno de R$ 1.000, é correto dizer que qualquer usuário se sente motivado a registrar fotos e vídeos em larga escala.

E esse conteúdo é compartilhado com outros usuários o tempo todo, pois a internet de hoje possui uma velocidade maior e cobertura melhor do que aquela de 2017.

Agora, pense nos memes, nos nudes e nas fake news que você envia e recebe todos os dias… e eu pergunto: 128 GB de armazenamento são mesmo suficientes para a sua rotina diária?

E isso, porque eu não mencionei os mantras de sempre:

  • O Android não para de evoluir (e consumir mais recursos)
  • Os aplicativos para Android estão mais completos (e mais pesados)
  • Os jogos estão melhores (e consumindo mais espaço de armazenamento)
  • A memória cache está consumindo mais e mais armazenamento interno

E por aí vai…

 

128 GB não dá (para muitos)

A maioria dos usuários mais casuais podem sofrer depois de algum tempo com apenas 128 GB de armazenamento.

Mesmo que você não seja uma pessoa muito exigente com aplicativos, não rode jogos, não acessa muito as redes sociais… se você tem vários grupos no WhatsApp com vários conteúdos enviados por amigos e parentes, os 128 GB serão insuficientes.

Todas essas variáveis vão comprometer com o desempenho do Android com o passar do tempo. E até mesmo com a performance do iOS, por mais otimizado que seja.

E o motivo é bem simples: o armazenamento escasso limita a manipulação de dados por parte do sistema operacional, o que vai arruinar com a experiência de uso no smartphone com o passar do tempo.

E eu tenho certeza de que você não quer passar por isso.

 

Dicas para se virar com 128 GB

Sei que dinheiro não dá em árvore, e muitos usuários não podem investir em um smartphone com uma maior capacidade de armazenamento.

Logo, vou recapitular algumas dicas que podem salvar a sua vida se o seu limite está nos 128 GB.

  • Cartão de memória é menos caro que investir em um smartphone com 256 GB de armazenamento (em boa parte dos casos)
  • Armazenar fotos e vídeos no cartão microSD é uma baita mão na roda (já resolve boa parte do problema)
  • Migrar aplicativos para o cartão microSD não salva a sua vida, mas pode ajudar em casos pontuais
  • Tenha instalado no smartphone apenas aqueles apps mais importantes ou essenciais
  • Limpe o cache e qualquer outro dado residual que pode ser eliminado do smartphone de tempos em tempos
  • Desinstale os aplicativos desnecessários (ou aquele lixo que o fabricante ou operadora deixou no dispositivo)
  • Faça a limpeza dos dados recebidos pelo WhatsApp, Messenger e outros comunicadores instantâneos de tempos em tempos
  • Monitore o tempo todo a unidade de armazenamento interno do dispositivo para evitar o pior

Se você chegou no ponto de que nada disso vai resolver o seu problema, eu só lamento por sua existência.

A única solução viável se tudo o que eu escrevi acima falhar é colocar a mão no bolso e investir em um smartphone com 256 GB de armazenamento. Ao menos você vai receber um telefone com 8 GB de RAM, que é o mínimo aceitável para os dias de hoje.

Pois 4 GB de RAM eu não desejo nem para o meu pior inimigo.

Mas isso é assunto para outro artigo.


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