Os smartphones evoluíram, mas as suas baterias e, principalmente, a autonomia de bateria desses dispositivos, não. Os 4.000 mAh de capacidade se tornaram o padrão, mas não evitam a recarga do dispositivo a cada dois dias. Ou todos os dias, para os mais exigentes.
O campo das baterias é um dos mais abandonados no desenvolvimento da tecnologia. São muitos os estudos relacionados e protótipos que poderiam melhorar os componentes atuais para uma maior autonomia, maior segurança e vida útil. Pois bem, um novo modelo experimental que está quase entrando em produção em massa pode representar uma nova fase nesse componente: as baterias de sulfuro de lítio.
Os mesmos materiais utilizados na bateria atual
Para um componente como esse chegue ao mercado, é preciso que ele seja conduzido às linhas de produção atual, o que exige o uso de materiais diferentes e maquinários diferentes, e isso leva tempo de adatpação para os fabricantes. Por isso não vemos baterias de grafeno em larga escala do mercado, mesmo com sua eficiência mais que comprovada.
Os primeiros testes em grande escala das baterias de sulfuro de lítio acontecerão na Austrália em 2020, saindo da fase de laboratório. Os grandes fabricantes já demonstraram interesse nas novas baterias, já que o sulfuro de lítio (Li-S) pode ser o sucessor dos atuais íons de lítio (Li-On).
Cientistas da Universidade de Monash patentearam um processo de fabricação e design dessas novas baterias, que usam os mesmos materiais das baterias de íon lítio atuais, mas com o sulfuro de lítio no cátodo, aproveitando melhor o design interno das células.
Por isso, as novas baterias de sulfuro de lítio podem acomodar melhor o estresse que os componentes internos das células passam, melhorando a vida útil e a sua capacidade. As novas baterias são mais eficientes, conseguindo aumentar a autonomia de um smartphone para até cinco dias. Não foram revelados dados concretos sobre a capacidade.
As baterias de sulfuro de lítio representam uma grande melhoria em relação às baterias de íon de lítio, especialmente por não necessitarem de materiais diferentes às atuais, muito menos um maquinário diferente. Veremos se os primeiros testes em grande escala ampliam a autonomia dos futuros smartphones.
Via Engadget