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Avast fecha subsidiária que coletava e vendia dados dos seus usuários

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Nessa semana, falamos do escândalo envolvendo o software antivírus gratuito Avast e uma de suas filiais, a Jumpshot, em um sistema de venda de dados dos usuários da solução de “proteção e segurança online” (sic), coletando todo o comportamento do usuário.

Depois dessa atividade se tornar pública, a Avast decidiu fechar essa filial. Um comunicado da empresa alega que a Jumpshot, filial criada em 2015, operava de forma independente, “em um período onde estava se tornando cada vez mais evidente que a cibersegurança seria sobre o big data”.

A desculpa não cola, pois a fonte dos dados da Jumpshot eram os usuários da Avast. Simples assim.

E a Avast segue se defendendo, alegando que as atividades da empresa eram “plenamente dentro dos limites legais”, mas decidiram acabar com a Jumpshot imediatamente. E ainda tentam sensibilizar o coletivo, informando que “infelizmente, a decisão vai afetar centenas de funcionários leais da Jumpshot”.

 

 

O que a Avast coletava, e para quem vendia

Mais de 100 milhões de dispositivos alimentavam a base de dados da Jumsphot. A empresa coletava principalmente dados de navegação privada dos usuários, como o histórico de páginas visitadas, o tempo em cada página e até os cliques em links feitos pelo usuário. Com esses dados, mesmo anônimos, era relativamente fácil identificar usuários com os dados coletados.

O material era posteriormente vendido para muitas empresas que queriam saber os hábitos de consumo dos usuários, como por exemplo Google, Yelp, Pepsi, Expedia ou Microsoft.

Em um passado não muito distante, o CEO da Avast chegou a comentar que a coleta de dados não se alinhava com as prioridades de privacidade da empresa. Porém, o escândalo recém revelado mostra que a teoria era bem diferente da prática. Agora, também em teoria, a decisão estabelece o fim da coleta de dados de usuários para uma venda posterior, pelo menos via Jumpshot.

Apesar das cada vez mais crescentes preocupações com a questão da privacidade, a venda de dados de usuários continua, e segue sendo um negócio rentável para as empresas. Que a Avast coletava os dados dos usuários era algo já conhecido por todos. O que ninguém sabia era que os mesmos eram vendidos. E você tem o direito em saber disso e decidir se aceita ter esses dados vendidos.

Seja como for, esta é mais uma prova que os serviços gratuitos nunca são de graça. Aliás, entenda de uma vez por todas que não existe almoço grátis nessa vida. Alguém sempre está pagando essa conta.

Serviços gratuitos nunca são gratuitos. E na era do big data, a moeda de troca é você.

 

 

Via Avast


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