Não resta dúvidas que o Asus Zenfone 11 Ultra é um smartphone top de linha de toda a regra. Tela AMOLED Full HD+ com taxa de atualização de 120 Hz, 16 GB de RAM, processador Snapdragon 8 Gen 3 e até 512 GB de armazenamento.
No mundo perfeito, está tudo certo.
O problema é que a Asus não está exatamente entregando o mundo perfeito, uma vez que estamos em agosto de 2024, e nesse momento, todos os principais smartphones do ano já chegaram ao mercado brasileiro, com raras exceções.
Eu disse no passado que o Asus Zenfone 11 Ultra “decepcionou” no lançamento global.
E chegando ao Brasil, ele “decepcionou” mais um pouco.
Quem pode se interessar pelo Asus Zenfone 11 Ultra?
Quem esperou por ele, para começo de conversa.
O desempenho desse dispositivo é indiscutível com o processador mais potente da Qualcomm em suas entranhas.
Por isso, é de se imaginar que o público gamer pode se interessar pelo modelo, apenas e tão somente por causa de sua potência bruta.
Porém, o Asus Zenfone 11 Ultra está custando o preço de um smartphone gaming dedicado (OK, admito… um pouco mais barato).
Ou na pior das hipóteses, mais ou menos a mesma coisa que o Asus ROG Ally, e bem mais do que o Steam Deck, consoles portáteis dedicados que entregam uma melhor experiência de uso.
Ou seja, a não ser que o gamer precisa mesmo de um smartphone com um conjunto de câmeras interessante para rodar os jogos.
E por falar nas câmeras…
Quem sabe os entusiastas na fotografia podem (com muita força) cogitar a compra do Asus Zenfone 11 Ultra.
O conjunto de câmeras desse smartphone é bem interessante, inclusive com a sua câmera frontal de 32 MP, muito acima da média para selfies e vídeos nas plataformas digitais.
Mas… com tudo o que já chegou no mercado de smartphones top de linha ou premium… será que sobrou algum espaço para o Asus Zenfone 11 Ultra?
Com Samsung, Apple, Xiaomi e até (pasmem) a Motorola com modelos competentes nos aspectos fotográficos, eu me pergunto…
Quem realmente esperou pelo Asus Zenfone 11 Ultra?
Só o fã da Asus mesmo. E olhe lá, considerando o preço sugerido por ele.
Vale o quanto custa?
Por R$ 8.999 (256 GB) ou R$ 9.999 (512 GB), o Asus Zenfone 11 Ultra chegou ao Brasil tarde demais, caro demais e insosso demais, mesmo sendo um telefone premium.
Eu não consigo enxergar nenhum grande diferencial no modelo que justifica o seu preço sugerido ou o investimento nele por esse valor.
E nem mesmo o fato do modelo contar com uma bateria acima da média (5.500 mAh, com recarga rápida de 65W) ajuda neste caso.
Afinal de contas, trabalhando com um processador potente, recursos de IA via NPU e uma tela enorme, não creio que sua autonomia será excepcional.
Posso parecer chato ou saudosista, mas a Asus que lançou o Zenfone 9 e o Zenfone 10 era bem mais interessante.
Na verdade, estou mentindo no parágrafo anterior.
A Asus do Marcel Campos era bem mais interessante do que essa.
E insisto: eu não estou dizendo que o Asus Zenfone 11 Ultra é horrível, pois é um telefone top de linha de toda a regra.
Só afirmo que ele é tão “fora de timing”, que nem mesmo os fãs da Asus conseguem justificar a sua existência de forma racional ou com o mínimo de argumentos válidos.
Mas… boa sorte para a Asus.
Vai precisar.
Especificações Técnicas do Asus Zenfone 11 Ultra
- Tela: 6,78 polegadas AMOLED, LTPO, até 144 Hz, brilho de 1.600 nits com pico de 2.500 nits, 2400×1080 pixels, Gorilla Glass Victus 2
- SoC: octa-core Qualcomm Snapdragon 8 Gen 3 com GPU Adreno 750
- RAM: 16 GB de LPDDR5X
- Armazenamento: 256 GB ou 512 GB
- Câmeras traseiras:
- Principal: 50 megapixels, OIS, f/1,9
- Teleobjetiva: 32 megapixels, OIS, f/2,4, zoom óptico de 3x
- Grande angular: 13 megapixels, 120 graus, f/2,2
- Câmera frontal: 32 megapixels, f/2,5
- Bateria: 5.500 mAh
- Conectividade: 2G/3G/4G/5G, Wi-Fi 802.11n, Bluetooth 5.4, NFC, USB-C
- Navegação: GPS, Glonass, Galileo, QZSS, GNSS
- Sistema operacional: Android 14
- Cores no Brasil: Skyline Blue (azul), Eternal Black (preta), Misty Grey (cinza)