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Asus Vivobook S 15 no Brasil: não faz sentido

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Eu juro que tento entender os fabricantes de tecnologia.

Todos os dias, venho até este site (e também no canal do YouTube) para debater sobre as decisões que as marcas tomam na hora de apresentar seus produtos para o mercado brasileiro.

E juro que não consigo entender o que se passa na cabeça dos seus executivos na hora de determinar os preços para seus produtos.

O Asus Vivobook S 15 no Brasil é mais um motivo para a não compreensão da estratégia.

Seria muito mais fácil para mim aceitar o seu preço inicial sugerido de R$ 11.699. Mas… quem disse que a vida é fácil?

 

Ele (ainda) não faz sentido

Depois de tudo o que eu li sobre o desempenho real do processador Qualcomm Snapdragon X Elite, e considerando a ausência de aplicativos adaptados para ele, eu realmente não consigo entender o sentido do preço do Asus Vivobook S 15.

A melhor explicação que encontro é o fato de o produto ser, em termos práticos, o início de uma nova fase na informática como um todo, com claro apelo para a Inteligência Artificial.

De forma bem óbvia, todo e qualquer produto pensado na IA que chegar ao mercado neste momento vai custar naturalmente mais caro que os outros.

O problema é que essa janela de transição para a arquitetura ARM tende a ser relativamente longa, e isso é normal. É só olhar para o tempo que levou para a Apple convencer a todos que os computadores com os seus processadores próprios valiam a pena.

Dito isso… por que o Asus Vivobook S 15 tem que custar esse preço inicial sugerido? E isso levando em conta que eu não considero esse portátil “uma porcaria”.

Bem longe disso.

 

Em outro contexto, ele seria ótimo

Mesmo não contando com as melhores especificações técnicas para o seu segmento (entendo que Lenovo Yoga Slim 7x Gen 9 é um pouco mais interessante), o Asus Vivobook S 15 seria um excelente computador, dentro de outro cenário.

Ele é naturalmente mais pesado que o seu concorrente, já que tem uma tela OLED maior. Possui o WiFi 7 que todo mundo quer, bateria que pode funcionar por 18 horas e a conectividade via USB4 e HDMI 2.1, mais do que necessárias para esse tipo de produto.

E o fato de contar com o Snapdragon X Elite (pronto para o Copilot+) reforça o avanço da Qualcomm em um setor onde claramente a Intel está ficando para trás.

Mas esse preço inicial sugerido de R$ 11.699 (no Pix) assusta a qualquer pessoa, ainda mais quando lembramos que nem todos os softwares que você usa todos os dias estão adaptados para a arquitetura ARM.

Não é difícil pensar que o Asus Vivobook S 15 está chegando ao mercado brasileiro agora “apenas para constar”.

Me custa a acreditar que os usuários mais exigentes ou experientes vão investir em um notebook como esse nesse momento.

Recomendo que você espere o tempo que puder para que o ecossistema de aplicativos como um todo se adapte ao ARM.

Ou compra logo o Asus Vivobook S 15 apenas para se mostrar para os seus colegas executivos, já que você sofre de ansiedade crônica.


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