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Assisti “Deadpool & Wolverine”, e…

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O filme mais hypeado de 2024 finalmente estreou.

“Deadpool & Wolverine” está entre nós, e entrega o que promete. Logo de cara, digo que gostei do que vi, e se você não é um crítico de cinema pedante ou que acredita que a única coisa que presta nos cinemas são os filmes do Martin Scorsese, você (muito provavelmente) vai gostar do que vai ver.

Não é o filme perfeito, obviamente. E nem precisa. Você só tem que comprar a ideia de que é um filme do Deadpool e do Wolverine. E seguir na viagem com segurança.

Ou tomando cuidado com as garras do Logan.

 

Mais do que amigos… brothers…

“Deadpool & Wolverine” se vale principalmente da excelente química entre Ryan Reynolds e Hugh Jackman. Toda a narrativa principal do filme está apoiada na união dos dois.

E isso funciona muito bem.

O contraponto entre o debochado e o extremamente amargurado é o que ajuda ao longa ser o que ele é. Não resta dúvidas de que este era o encontro que todo mundo queria ver.

Mas precisava mesmo do dinheiro da Disney, pois alguns rumores afirmam que Hugh engordou sua conta bancária em nada menos que US$ 100 milhões para finalmente utilizar o traje amarelo dos X-Men.

Dinheiro muito bem investido, diga-se de passagem. Estou curioso para saber quanto esse filme vai lucrar nas bilheterias globais.

Na pré-estreia (oficialmente, o filme estreia no Brasil hoje, 25 de julho), a sessão em que participei estava cheia (não lotada), o que já é uma vitória para o momento presente no cinema.

Logo, dá para ver o Kevin Feige esfregando as mãos com o filme do “Jesus da Marvel”.

 

E a história? É boa?

A resposta pode variar.

No meu caso, que desligou o cérebro e ligou com força o modo “suspensão de descrença”, “Deadpool & Wolverine” é sim muito divertido.

Supera com relativa facilidade os últimos fracassos que a Marvel Studios apresentou, pois entrega o espetáculo que você espera ao pagar o ingresso.

Violência explícita, piadas absurdas, linguagem adulta, várias quebras de quarta parede, inúmeras referências à venda da Fox para a Disney (o que tornou esse filme possível) e participações especiais que vieram diretamente do grupo de WhatsApp do Ryan Reynolds.

Como disse antes, o filme não é perfeito, o que não é um problema para mim. Mas pode ser um problema para quem entende que esse tipo de filme deve ter alguma lógica estrutural no roteiro ou coerência narrativa.

De fato, “Deadpool & Wolverine” tem algumas barrigadas na sua estrutura narrativa, com algumas saídas bem fáceis ou inexplicáveis.

Alguns vão afirmar (com uma certa dose de razão) que escolhas específicas para resoluções de conflito beiram à conveniência para beneficiar de forma direta os protagonistas do filme.

Mas… quem realmente se importa? De verdade?

De novo: chegamos até aqui passando por autênticos “vales do nada” como “Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania” e “As Marvels”.

E o que posso dizer é que “Deadpool & Wolverine” passa bem longe de ser a decepção que os pedantes estão pregando aos quatro ventos pelas redes sociais.

O filme não esconde que busca algumas saídas convenientes, e está tudo certo, pois não se preocupa em se levar a sério.

Então, da minha parte, Ryan Reynolds não tem dividendos comigo.

 

E o futuro da Marvel?

Bom…

“Deadpool & Wolverine” praticamente não altera os eventos ocorridos até o momento na Terra-616 (linha sagrada do MCU), mas deixa pelo menos uma semente do que pode ser a solução para o Multiverso no futuro.

Deixa um certo desconforto ver que o filme ignora algumas questões que, em teoria, foram resolvidas na série “Loki” e, ao mesmo tempo, usa uma de suas narrativas para estabelecer um dos principais plots de sua história.

Por outro lado, os mais atentos identificaram que é justamente “Deadpool & Wolverine” o ponto de partida para a resolução da crise do Multiverso.

Uma única fala deixa esse possível caminho em aberto para que essa saga realmente se encerre em um possível “Vingadores: Guerras Secretas”.

Sem falar que, de forma definitiva, qualquer um pode voltar para qualquer universo. Literalmente.

Teve volta de quem já foi, volta de quem nunca foi… e até mesmo a volta de quem nunca existiram em nenhum universo da Marvel.

Os mais céticos podem até reclamar disso. Mas não se esqueça que, até o presente momento, temos um Tiamut no meio de um oceano que ninguém fala nada sobre ele no MCU…

…e aceitamos isso calados.

 

O veredito

Vá ver “Deadpool & Wolverine” sem medo de ser feliz.

O filme é diversão garantida, do começo ao fim. Entrega tudo o que prometeu, e você termina com aquela satisfação de ver algo que te deixa leve ao sair do cinema.

Apesar de toda a violência explícita, que é bem menos do que eu imaginava. Ou talvez a minha percepção estivesse afetada, já que decidi reassistir aos dois primeiros filmes do Deadpool e “Logan”.

Aliás, recomendo que reveja todos os filmes mencionados no parágrafo anterior e (pelo menos) o quinto episódio da primeira temporada de “Loki” para entender o básico de tudo o que vai assistir em “Deadpool & Wolverine”, considerando que você é um “paraquedista” que não sabe nada dessa história e de seus personagens.

Tem sim cena pós créditos que não liga esse filme a nada do que está por vir no MCU. Porém, de novo: pelo menos um detalhe desse filme pode realmente marcar o início do fim da Saga do Multiverso.

E… antes que você me pergunte… sim… os mutantes chegaram de vez ao MCU. É um caminho tão sem volta, que o próprio Kevin Feige já confirmou que o próximo passo da Marvel nos cinemas é a reintrodução dos X-Men e os demais personagens atrelados.

E essa nova fase só podia mesmo começar com Deadpool e Wolverine.


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