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Assim foi a curta vida da linha Google Play Edition

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Em 15 de maio de 2013, a Google anunciava uma excelente surpresa na Google I/O: uma edição do Samsung Galaxy S4 com uma versão ‘pura’ do Android. Ali nascia a linha Google Play Edition. Pena que sua história tenha durado tão pouco.

De fato, presenciamos o desaparecimento do último dos modelos disponíveis, o HTC One M8, que deixou de ser comercializado na semana passada, e tal movimento pode ter marcado o fim de um programa que cada vez tinha menos sentido.

E uma ênfase para a palavra ‘pode’, pois por enquanto a Google não se pronunciou oficialmente sobre o assunto. A gigante de Mountain View fechou acordos com fabricantes para vender dispositivos Android sem personalizações, mas tais dispositivos que tiveram o seu auge no final de 2013 e começo de 2014 perderam força diante de um Android diferente.

 

A experiência Android ‘pura’ era muito cara

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Os primeiros smartphones Google Play Edition pareciam dispositivos orientados aos desenvolvedores: o mesmo hardware, mesma experiência dos dispositivos Nexus, com bootloader desbloqueado, e com atualizações Android muito mais frequentes.

Os preços não eram diferentes dos dispositivos ‘personalizados’ pelo fabricante, e aquele Samsung Galaxy S4 GPE custava US$ 649, o mesmo que o mesmo modelo em modo livre. Os desenvolvedores não esperavam tal custo, principalmente com produtos como o Nexus 4 ou Nexus 5 oferecendo uma excelente relação custo/benefício e total prioridade nas atualizações.

Essa edição do S4 não teve uma recepção muito calorosa, mas era o início de uma proposta que oferecia um hardware de primeira linha com um software sem personalizações. A HTC seguiu os passos da Samsung, com o One M7, e depois, o One M8. A Sony fez o mesmo com o seu Z Ultra, e a Motorola, com o Moto G 2013. Um único tablet fez parte dessa família, o LG G Pad 8.3. E ficou por aí. Os últimos rumores indicavam uma aparição de um Samsung Galaxy S5 GPE, mas isso nunca aconteceu.

 

A experiência Android já está ao alcance de (quase) qualquer usuário

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Mas a disponibilidade de smartphones sem personalização era cada vez menor por um motivo crucial: a Google foi separando a base de seu sistema Android, o Android Open Source Project, dos serviços e aplicativos que abraçavam toda a plataforma.

Desse modo, podemos instalar em praticamente qualquer smartphone e por nossa conta componentes do Android, como o teclado Google e o Google Now Launcher, ou acessar as últimas versões de aplicativos como Chrome, Gmail ou Google Play, que contam com a mesma aparência, interface e funcionamento que um dispositivo da família Nexus.

Hoje, mesmo que o seu smartphone Android não conte com o Lollipop e as mudanças da interface Material Design, se você acessar algumas dessas melhorias oferecidas por esses aplicativos, você pode ter uma experiência muito próxima ao do Android mais recente. A única vantagem real – além do bootloader desbloqueado – dos modelos Google Play Edition é o acesso ao ciclo de atualizações mais rápido.

 

O Google Play Edition vai voltar?

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O limitado sucesso do programa Google Play Edition era lógico: os dispositivos satisfaziam as necessidades dos desenvolvedores mais exigentes, ou dos geeks que não se conformavam com a linha Nexus. No entanto, o alto custo desses dispositivos abraçava um público que estava (mal) acostumado ao custo/benefício da família Nexus.

Por um tempo se comentou sobre um teórico sucessor desse programa. Os dispositivos Android Silver parecia ser uma espécie de terceira alternativa para dispositivos e serviços Premium, mas o programa foi cancelado antes mesmo do primeiro smartphone chegar ao mercado.

Fato é que o acesso aos modelos Google Play Edition poderia ser um acerto, mas muito mais pensada nos usuários preocupados na liberdade de escolha e ausência de personalizações. E isso não necessariamente ofereceu os lucros que os fabricantes esperavam, sem ter a tração de vendas desejada pela Google.

Talvez voltaremos a ver movimentos da Google nesse sentido mais adiante, e que as vantagens já existentes sejam melhoradas na relação custo/benefício, atraindo o interesse dos desenvolvedores. Talvez isso ainda não seja um adeus, mas sim um ‘até logo’.


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