4K, UHD, Dolby Vision, HDR, HDR10+, 10 bits… todos esses termos associados à TV ganharam relevância nos últimos anos, mas… o quão importante essas siglas realmente são na hora de ver conteúdos na TV?
Muito importantes.
Não basta você realizar um elevado investimento em um PlayStation 5 e no pacote mais complexo da SKY TV para ser plenamente feliz no consumo de entretenimento. Você precisa compreender quais são os formatos e as tecnologias de imagem mais adequadas para você utilizar esses equipamentos em sua casa.
Nesse post, vamos explicar alguns dos termos mais populares de 2020 quando associados à TVs e Smart TVs para eliminar as dúvidas de muitos leitores.
HDR10 vs HDR10+: as principais diferentes e por que são importantes
HDR (High Dynamic Range) é o alto alcance dinâmico, que faz referência a quantidade de cores e tons que uma imagem pode representar. Uma imagem com HDR pobre vai ocultar detalhes onde os contrastes são altos, como as luzes e as sombras.
O HDR10 é a evolução do HDR, com três diferenças principais em relação ao HDR10+.
A primeira tem a ver com o nível máximo de brilho: enquanto a primeira oferece um nível de brilho de até 1.000 nits, a segunda pode projetar até 4.000 nits máximo. ou seja, O HDR10+ será quatro vezes mais luminoso que o HDR10.
A segunda diferença está no algoritmo que gerencia os metadados da imagem, pois contém informações básicas da imagem como brilho e cores. No HDR10, eles são estáticos, não variando durante a reprodução dos conteúdos. Já o HDR10+ são dinâmicos, variando de fotograma a fotograma.
Para imagens com sombras, o brilho diminui para dar prioridade com as cores mostradas na tela. Nas TVs com HDR10, o nível de brilho é o mesmo o tempo todo, independente da cena exibida na tela.
A terceira diferença é está na compatibilidade com o padrão x265 HEVC. O codec reduz pela metade a largura de banda adotada na reprodução de conteúdo por streaming para melhorar a qualidade final de imagem. Isso reduz o consumo de internet da TV na hora de ver conteúdos em HDR10+ em aplicativos como Netflix.
Dolby Vision: uma licença paga que promete melhores especificações
Não confunda Dolby Vision com Dolby Atmos, pois a segunda é a certificação de som da mesma empresa. Logo, há uma diferença essencial entre o HDR e suas variantes e o Dolby Vision: a primeira é gratuita, e a segunda é paga. A diferença repercute de forma direta no preço final do produto, onde as TVs Dolby Vision são mais caras que as TVs com HDR10 ou HDR10+.
Além disso, o Dolby Vision entrega um importante salto de qualidade de imagem, com profundidade de cores maior (12 bits), nível máximo de brilho (10.000 nits teóricos) e mais ajustados para as TVs 8K (que custam bem caro), e o Tone Mapping, o sistema que analisa em tempo real a colorimétrica das imagens para mostrar o tempo todo a cor e o tom mais próximo ao da imagem que está tentando representar.
10 bits e 12 bits: a profundidade de cores interessa
Os termos definem a profundidade de cores de uma imagem, ou seja, a quantidade de cores que uma TV pode reproduzir. Ou seja, uma TV de 12 bits pode reproduzir um leque de cores muito mais amplo que um de 10 bits.
A quantidade de bits está associada (de um modo geral) com o uso de padrões. Por exemplo, os padrões HDR10 e HDR10+ devem usar uma profundidade de cores de 10 bits. Já o Dolby Vision contam com 12 bits. E aqui (de novo) está a diferença de preços entre as TVs com diferentes padrões.
Conclusão
A regra é clara, Arnaldo: HDR10 serve para TVs mais baratas, e o Dolby Vision para TVs mais caras. Isso fica muito claro nos catálogos de preços das TVs de diferentes marcas. É só olhar nas letras miúdas das especificações.
Se a TV não conta com qualquer menção sobre a qualidade de imagem, é porque ela é compatível com os padrões HDR10 e HDR10+. Já os modelos compatíveis com Dolby Vision contam com uma menção ou adesivo que certifica essa integração. Casualmente (ou não), são TVs bem mais caras.