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As 10 tecnologias que definiram os anos 80

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Os anos 80 são considerados os primeiros 10 anos em que os dispositivos eletrônicos, gadgets de consumo e produtos informáticos são incorporados na cultura pop. Ou passam a ser parte de vez da vida do grande grupo.

Usar um gadget passou a ser associado como algo que os descolados fazem. Alguns produtos se tornaram acessórios da moda, enquanto outros são a assinatura de uma década que foi de prosperidade lá fora (nem tanto no Brasil, que saía de uma ditadura que criou o protecionismo exagerado da indústria nacional).

A década de 1980 foi um marco na evolução tecnológica e cultural, repleta de inovações que moldaram a vida cotidiana. Este texto explora os principais elementos que definiram essa era vibrante de inovação e exagero estético.

Lembrando que a lista a seguir não está em uma ordem de importância.

 

As 10 referências tecnológicas dos anos 80

 

  • Evolução dos computadores pessoais: A chegada dos computadores como Amstrad, Commodore e ZX Spectrum trouxe uma nova era de curiosidade tecnológica. Ligar um computador pela primeira vez era uma experiência, com sons característicos e a promessa de um futuro digital. E modelos como o Apple Macintosh de 1984 marcaram a chegada em definitivo dos PCs nos lares.
  • A “Era de Ouro” dos videogames (que quase desapareceu): O jogo E.T. custou o desaparecimento da Atari como uma gigante do setor, e quase arrastou com ela todo o mercado de videogames. Mas aí veio o Mario, Shigeru Miyamoto e a Nintendo para salvar todo mundo, estimulando o a concorrência. Ao mesmo tempo, alguns fabricantes de eletrônicos como a CCE e a Gradiente lançavam os primeiros consoles de videogames no Brasil.

  • Tetris: Este jogo icônico não apenas conquistou os jogadores de todo o mundo, mas também se tornou uma obsessão coletiva, ensinando a encontrar ordem no caos enquanto desafiava os reflexos e paciência do jogador. Diferente do que você pode imaginar, o game chegou primeiro nos computadores para depois desembarcar no Game Boy.
  • A guerra Beta vs VHS: A rivalidade entre os formatos de vídeo Beta (ou Betamax) e VHS simbolizou uma mudança na cultura do entretenimento doméstico, onde cada escolha refletia lealdades pessoais e debates acalorados entre amigos. No final, o VHS venceu, por ser mais acessível para o grande público, apesar da concorrente entregar uma melhor qualidade de imagem.
  • Teletexto: Antes da internet, o teletexto oferecia uma janela para informações em tempo real. Com seu design pixelado e funcionalidade prática, ele se tornou parte das rotinas diárias. Foi muito mais popular lá fora do que no Brasil, que teve poucas iniciativas com essa tecnologia.
  • Os fliperamas evoluíram: Esses espaços eram centros sociais onde amigos se reuniam para competir e se divertir, criando memórias inesquecíveis em torno de jogos como Pac-Man e Out Run. Sem o jogo online, o jogo com o amigo era presencial mesmo. E as máquinas de pinball e jogos com gráficos rudimentares eram substituídos por games mais próximos dos consoles de 8 bits mais modernos, como Nintendo NES e SEGA Master System.

  • Fitas Cassete e Walkman: As fitas cassete eram a trilha sonora pessoal da época. Um percursor do Spotify, onde você podia criar a sua “playlist” de músicas ao gravar as canções em reprodução do rádio ou de outras fitas. Já o icônico Walkman permitia que a música acompanhasse as pessoas em qualquer lugar, transformando momentos comuns em experiências especiais e alinhadas com a mobilidade. Para mim, é o maior símbolo dos anos 80.
  • Relógios Casio com Calculadora: Esses acessórios eram sinônimo de praticidade e estilo, permitindo cálculos rápidos e simbolizando a engenhosidade da tecnologia portátil. É a evolução direta do relógio digital que nasceu nos anos 70.

  • PT-1 Casio: Um teclado simples, com apenas duas oitavas, mas que foi a porta de entrada para muitos na música. Uma geração inteira aprendeu as canções de três acordes que tocam até hoje através desse produto, que não era tão barato assim, mas custava muito menos que um piano.
  • Telefones Sem Fio: Representando liberdade e modernidade, esses dispositivos permitiram conversas móveis dentro de casa, mudando a dinâmica das comunicações pessoais. E ter um telefone sem fio era sinônimo de status naquela época. Bom, meus pais acreditavam nisso, e nós compramos essa ideia como parte de um comportamento que só replicamos.

 

Com isso, aprendemos que…

Os anos 80 beberam muito bem da água produzida pelos anos 70, evoluindo alguns conceitos estabelecidos e abrindo espaço para novas soluções.

Repare que eu não coloquei na lista o telefone celular. E existe um motivo para isso.

Apesar de ser uma criação da década de 1980 pelas mãos da Motorola, o celular só se tornou mainstream na próxima década, a de 1990.

Quando os preços dos modelos caíram e os valores dos planos se tornaram mais tangíveis para o grande público, os celulares transformaram as nossas vidas para sempre.

Mas isso é assunto para o próximo artigo dessa série especial.


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