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Apple: um resumo do inferno astral do começo de 2019

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Tanta coisa aconteceu com a Apple, que está difícil publicar post a post todos os eventos. Por isso, eu decidi resumir em um único texto os últimos acontecimentos desse verdadeiro inferno astral que a gigante de Cupertino está vivendo.

O último capítulo dessa saga de horror foi o anúncio por parte da própria Apple, em comunicado assinado por Tim Cook para os investidores, que a empresa vai registrar lucros menores que o esperado, e que a culpa do cenário seria basicamente da desaceleração da economia chinesa e das trocas de baterias de iPhones antigos (algo que só aconteceu por culpa da própria Apple, que omitiu sobre a limitação de desempenho por conta da degradação natural da bateria – é importante deixar isso bem claro).

Em nenhum momento a Apple entende que as quedas nas vendas dos iPhones acontece também pela política de preços elevados para os novos dispositivos (US$ 1.449 para um smartphone é piada). Porém, nos últimos dias, outros problemas apareceram, e se você perdeu alguma coisa, esse post é o resumo de tudo.

 

 

Apple caiu na China, mas Huawei, Oppo e Vivo crescem sem parar

 

 

A cota de mercado do iPhone na China passou de 10% no terceiro trimestre de 2017 para 9% durante o mesmo período em 2018. Pode parecer pouco, mas a queda da empresa no país já foi de 13% no primeiro trimestre de 2018, e de 8% no segundo trimestre. O comportamento vem se repetindo nos anos anteriores, mas nunca foi de cinco pontos de diferença.

Por outro lado, Huawei, Oppo e Vivo ficam com a maioria do mercado chinês, com um crescimento consistente para todas. A Huawei se tornou líder no país, com 26% no segundo trimestre de 2018. Oppo e Vivo ficaram com 21% no terceiro trimestre. As três juntas ficam com 65% do mercado da China, e se colocarmos a Xiaomi na conta, a porcentagem é de 78%.

Todos esses números são simplesmente péssimos para a Apple.

 

 

Ações da Apple caíram 40% em três meses

 

 

Você sabia disso? Não, certo?

Pois é. Essa é a maior queda de ações da Apple em 17 anos. Ainda não está claro que essa queda no valor da empresa está ou não relacionada a todos os fatores combinados que citamos nesse post, ou se é um efeito isolado de um ou outro fator, ou se também é um natural ponto de inflexão da empresa. Fato é que os acionistas não devem estar nada felizes com tudo isso.

O mais assustador de tudo isso é que Tim Cook mantém a postura de não se convencer que os elevados preços dos iPhones estão relacionados com a queda nas vendas. Porém, em novembro de 2018 foi ligado o sinal amarelo, quando a própria Apple apresentou resultados financeiros excelentes, mas anunciou que não mais iria revelar os números de unidades vendidas dos seus smartphones. E naquela apresentação de relatório financeiro já estavam registradas as QUEDAS NAS VENDAS DE IPHONES.

A queda no valor de mercado da Apple foi tão forte que, colocando em perspectiva (ou melhor, em números concretos), a empresa perdeu em três meses US$ 450 bilhões de valor de mercado. Com esse dinheiro, a gigante de Cupertino poderia ter comprado todo o Facebook. Ou poderia ter coberto o PIB de países como Irã, Áustria ou Noruega. Ou comprado a minha alma, sem maiores problemas.

 

 

Apple proibida de vender o iPhone 7 e iPhone 8 na Alemanha

 

 

Uma decisão judicial removeu os dois modelos do mercado alemão, uma vez que a Apple perdeu uma batalha nos tribunais contra a Qualcomm, que a acusa de infringir suas patentes de gerenciamento de energia nos dois modelos citados.

A decisão judicial foi tomada em dezembro de 2018, mas só entrou em vigor quando a Qualcomm depositou U1.34 bilhão de euros para cobrir possíveis danos sofridos pela Apple em uma eventual reversão da decisão.

Por mais que a Apple venha a recorrer da decisão (e vai), não sabemos quanto tempo o parecer final pode levar para sair, ou se a decisão será revertida. Até lá, só ficam no mercado alemão os modelos mais caros de iPhones: XR, XS e XS Max, o que reduz ainda mais os lucros da empresa de Cupertino naquele pais.

Sem falar que esse tipo de decisão pode se replicar em outros países (pois um precedente jurídico está criado), e isso pode causar um efeito dominó sem precedentes para a Apple.

 

 

Donald Trump quer obrigar a Apple a fabricar os iPhones nos EUA

 

 

Não basta todos os problemas. Ainda é preciso ter Donald Trump querendo mandar na Apple. E ele aproveita o fato da gigante de Cupertino não passar pelo seu melhor momento para afirmar que a empresa deve migrar a produção de iPhones e demais iDevices da China para os Estados Unidos.

Na verdade, Trump garantiu em recente coletiva de imprensa que isso vai acontecer, e que “já é um fato”, apesar de Cook e companhia não responderem aos comentários.

“Quero que a Apple fabrique os seus iPhones e todos os seus bons produtos aqui nos Estados Unidos, e isso é algo que vai acontecer”.

O objetivo de Trump e reforçar ainda mais a sua oposição à China nos aspectos comerciais, e que a fabricação dos dispositivos no país asiático beneficia a Apple (que tem maiores margens de lucros) e a China (que recebem os impostos de produção), e não aos Estados Unidos (que fica sem o dinheiro desses impostos e não produz vagas de emprego).

E… não… ele não se preocupa com o fato que a Apple pode perder ainda mais dinheiro com margens de lucros menores, já que afirma que a gigante de Cupertino só subiu na bolsa depois que ele assumiu a presidência.

Os últimos três meses revelam exatamente o contrário.


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