Todos precisam se adaptar aos novos tempos para sobreviver.
As mudanças sempre chegam. Nada permanece do mesmo jeito por muito tempo, e no mundo da tecnologia, as transformações acontecem rapidamente. Ou não, já que essa mudança aqui levou algumas décadas para acontecer.
Entender o fluxo de lançamentos e o ritmo em que os usuários estão absorvendo essas mudanças são duas características que executivos de tecnologia precisam entender rapidamente.
No caso da Apple, antes tarde do que mais tarde: parece que o fim dos ciclos de atualizações anuais para vários produtos da empresa está cada vez mais próximo.
Mudança no cronograma de lançamentos
A Apple está repensando seu ciclo anual de lançamentos, buscando uma abordagem mais flexível para evitar exaustão no desenvolvimento e melhorar a qualidade dos produtos.
Quem levanta essa possibilidade é ninguém menos que Mark Gurman, da Bloomberg. Ele é um dos insiders especializados no mundo Apple de maior respeito e credibilidade na indústria, e o que ele fala tende a virar fato meses depois.
A ideia aqui é simples: a Apple pensa em estabelecer janelas mais flexíveis para o lançamento dos seus produtos, com intervalos mais longos entre as gerações.
O que é ótimo para o consumidor, pois pode se preparar para comprar um novo modelo de iPhone, iPad ou Macbook, obtendo uma espécie de “respiro financeiro” para a próxima compra.
Alguém dentro da Apple FINALMENTE ENTENDEU que a empresa não precisa lançar dois anos de atualizações de seus produtos, porque… ela SIMPELSMENTE NÃO PRECISA DISSO!
O principal motivo para essa mudança na janela de lançamentos não poderia ser outro: o lucro.
O modelo de lançamentos previsíveis em setembro, janela do ano que não reserva maiores surpresas pois todo mundo sabe o que será lançado naquele mês, ajudava nas vendas de Natal e na previsibilidade de receitas
Por outro lado, essa mesma janela de lançamentos no outono também gera atrasos nas atualizações de software, além dos problemas relacionados com a qualidade final do produto entregue.
Um dos principais afetados com a política antiga de atualizações é o simples fato de vários dispositivos compatíveis com o iOS 18 ainda não são compatíveis com a Apple Intelligence.
Algo que, para a empresa do porte da Apple, pode ser considerado como “algo inaceitável”.
Tudo bem, eu entendo a complexidade que é testar, gerenciar e lançar um software e torcer para que tudo funcione conforme o esperado.
Mas… estamos falando de uma Apple. Uma empresa gigante, com o smartphone mais completo e influente do planeta.
Era para esse trabalho ser feito de uma forma otimizada.
Os problemas no modelo (antigo) de atualizações
A Apple enfrentou atrasos em novos recursos para os dispositivos. A Apple Intelligence parece ser o menor dos problemas dos proprietários.
Além do iOS, foram detectados bugs insistentes no macOS e no watchOS, indicando que esses softwares estão chegando ao mercado incompletos e cheios de inconsistências.
Não podemos agora é desmerecer tudo o que Tim Cook fez (e ainda está fazendo) na liderança da Apple.
O portfólio de produtos aumentou, o segmento de serviços foi criado, e a forma em como a empresa trata os seus dispositivos (como artigos de luxo praticamente inalcançáveis) mostram claramente que a Apple está indo em um caminho bem interessante.
Por outro lado, o cenário atual (incluindo nos aspectos econômicos) gera grandes preocupações dos usuários e especialistas.
Afinal de contas, a Apple tem uma competição cada vez maior, e alguns dos seus produtos podem ficar encalhados se o ciclo de lançamentos permanecer como algo anual.
As mudanças estão chegando
A Apple já começou a mudar sua estratégia, e você não percebeu isso.
Nos tablets e computadores portáteis, já não contamos com um lançamento anual, pois o normal é que o proprietário de um telefone permaneça com ele até a compra de um novo dispositivo.
Outro exemplo dessas mudanças está no Apple Watch Ultra, que não recebeu atualizações em 2024, e só deve receber uma nova versão em 2025.
Da mesma forma que o iPad Mini, que não dá as caras faz tempo, mas que pode voltar ao mercado ao longo do ano que vem.
Agora, parece que chegou a hora do tão cobiçado iPhone começar a saltar um ano nas suas atualizações.
Tais mudanças certamente causam um certo desconforto nos investidores da Apple, que estão mais do que acostumados com os picos de vendas durante o outono norte-americano.
Em compensação, a mudança de abordagem pode resultar em receitas mais estáveis e menos sazonais a longo prazo, garantindo a lucratividade sustentável da Apple.
Com essa possível flexibilização do cronograma, a Apple pode ter mais liberdade para inovar sem a pressão de lançamentos anuais, melhorando a experiência do usuário como um todo.
Por enquanto, são apenas rumores. Mas algumas pessoas que estão saturadas do iPhone e desejam um respiro para pensar na compra de outro modelo, essas são as especulações que muitos querem ver como verdades práticas e absolutas.
Pois muitos se cansaram de uma Apple com lançamento anual de iPhone. Poucos contam com tanto dinheiro para isso.