Eu tenho quase certeza que este é o segundo sinal do apocalipse chegando (o primeiro foi as eleições no Brasil em 2018). Em um movimento totalmente atípico, a Apple decidiu reduzir o preço do recém lançado iPhone XR. Lembrando que o produto está no mercado a apenas dois meses.
Mas… calma! Não se anime em retirar a carteira do bolso e o cartão de crédito da carteira. As coisas não são tão simples quanto parecem. O desconto no iPhone XR está disponível em apenas uma operadora, mas esse é mais um sinal bem claro de como as coisas não estão funcionando tão bem assim para os novos iPhones.
O novo iPhone XR está com uma diferença (para menos) de quase 100 euros no Japão, quando adquirido com contrato de dois anos na operadora NTT DoCoMo. É uma característica do mercado japonês ficar muito centrado nas operadoras e menos no e-commerce e varejistas. Se bem que no Brasil tem muita gente que compra o seu iPhone vinculado aos planos com as operadoras de telefonia móvel.
O mais importante dessa notícia é que a Apple normalmente não permite que as operadoras ofereçam descontos nos preços dos iPhones adquiridos mediante contratos. O máximo permitido é o valor total do produto ser diluído em várias parcelas já embutidas no valor da conta mensal do cliente, ou oferecer o plano de troca de produto depois de um ano.
A má notícia aqui é a mais óbvia: tudo indica que este é um acordo exclusivo no Japão, e a Apple não sinaliza realizar a mesma redução de preços em outros países. Porém, é muita coincidência esse acordo vir à tona no mesmo momento em que a produção dos novos iPhone XR, iPhone XS e iPhone XS Max é reduzida.
Ou seja, a Apple pode mesmo não estar registrando bons números de vendas nos iPhones apresentados em setembro, a ponto de reativar a produção do iPhone X, modelo lançado em 2017 que foi esnobado (desculpa, descontinuado) esse ano com a chegada dos novos iPhones.
Some tudo isso ao fato da Apple começar a vender produtos diretamente na Amazon (iPad, Macbook, iMac e outros, mas iPhone ainda não), e temos um cenário que eu chamo de, no mínimo, peculiar.
Nada acontece por acaso, certo?
Via 9to5Mac