Sendo bem sincero? Nunca acreditei que esse produto poderia dar certo.
Surpreendendo a muitos durante a Mobile World Congress 2019, a Energizer apresentou (em parceria com a Avenir Telecom) um primeiro protótipo de um smartphone Android com uma enorme bateria de 18.000 mAh e 2,5 cm de espessura (quase 10 vezes mais que os recém lançados Samsung Galaxy S10).
Ou como eu disse na época, uma bateria com a participação especial de um smartphone Android. Ou uma bateria com smartphone Android acoplada.
O Energizer Power Max P18K Pop contava com especificações de linha média que passariam desapercebidas pela maioria dos usuários, exceto pelo pequeno (grande) detalhe em contar com uma bateria “eterna” de 18.000 mAh.
Apenas 11 pessoas interessadas
Depois de chamar mais atenção do que o esperado, a Energizer decidiu anunciar que iniciaria a produção em massa do modelo e sua respectiva chegada ao mercado até a metade de 2019, algo que, por si, já era algo considerado impossível. A iniciativa veio com uma campanha de arrecadação no IndieGoGo, com uma meta de financiamento de US$ 1.2 milhão e um preço final de elevados US$ 549 para o smartphone.
Agora, ficamos sabendo do cancelamento oficial e definitivo do projeto, depois de anunciar que a campanha de crowdfunding resultou em um fracasso completo, com uma arrecadação de apenas US$ 15 mil e 1% do objetivo final acumulado. Apenas 11 pessoas ao redor do mundo se interessaram pela proposta a ponto de investir dinheiro nela.
Por outro lado, tanto a Energizer como a Avenir Telecom basearam a viabilidade do projeto exclusivamente no seu financiamento coletivo, e combinando esse fator com a nula publicidade do dispositivo ou até mesmo da sua campanha de financiamento e o curto prazo para o lançamento do produto, é fácil entender que as duas empresas nunca estiveram realmente interessadas em lançar esse produto no mercado.
Dito isso, o Energizer Power Max P18K Pop vai ficar no lugar onde ele inicialmente se posicionou e que, agora, sabemos que de lá não vai sair: uma grande piada. E uma lembrança sobre como poderiam ser os smartphones atuais se a indústria não tivesse mudado de tendências e visões de design com o passar dos anos.
Via The Verge