O domínio .amazon ainda não está disponível, e bem sabemos quem quer ficar com ele. A empresa de Jeff Bezos quer esse domínio desde 2012, mas oito países sul-americanos (incluindo o Brasil) que compartilham da Amazônia não estão dispostos a ceder.
A preocupação por ver como é utilizado o nome de uma selva histórica para promover a Amazon levou os políticos a se oporem ao pedido da gigante de Jeff Bezos, que segue insistindo para ficar com o domínio.
Oito países se uniram contra a Amazon
Brasil, Peru, Colômbia, Equador, Bolívia, Venezuela, Guiana e Suriname estão contra a Amazon e em defesa do domínio .amazon. Há o interesse por parte desses países em ficar com os domínios para criar sites que potenciem as indústrias do turismo.
“É um assunto técnico, porém também muito emocional. Escutamos o discurso de grandes políticos no Amazonas. Acredito que, em termos simbólicos, uma empresa está tirando deles o seu legado”, afirmou recentemente Achilles Emilio Zaluar Neto, diretor de assuntos tecnológicos do Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
A Amazon vem tentando ficar com o domínio .amazon, mas não obtém sucesso. A principal preocupação dos países envolvidos na disputa é ver uma empresa privada utilizando um nome que é um patrimônio cultural das regiões.
Solicitar o nome de um país ou região como domínio não é algo fácil, pois depende da aprovação do governo local ou regional. Nesse caso, os países que, de alguma forma, estão envolvidos com a Amazônia, se negam a ceder para a Amazon. Mesmo assim, Jeff Bezos segue insistindo.
Em várias oportunidades, a Amazon tentou trabalhar com os países interessados para encontrar uma solução amigável, com a finalidade de explorar o melhor uso que pode ser dado ao domínio .amazon no seu negócio, mas sem deixar de respeitar a cultura e a história da região amazônica.
Mas parece que esse problema não tem uma solução a curto prazo. Não há novas alternativas apresentadas, e os oito países continuam se opondo ao uso comercial do domínio .amazon.