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Acusar a Google de sabotar o Microsoft Edge é ter uma memória muito ruim

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A Google sabotou o Microsoft Edge? Para Joshua Bakita, ex-engenheiro de software envolvido no desenvolvimento do navegador web da Microsoft, a resposta é sim ao forçar os sites web a implementar recursos que não funcionavam bem em outros navegadores.

Porém, Joshua tem uma memória bem curta, pois a Microsoft fez exatamente a mesma coisa: quando o Internet Explorer 6 dominava o mundo, fez da web o que quis. Inclusive estabelecer padrões de sites que só funcionavam bem com ele.

A Google se valeu sim da popularidade de seus serviços, e os navegadores trabalharam em função do acesso dos usuários a estes serviços. O Chrome, que é da Google, trabalhou bem nesse aspecto. E os demais (incluindo a Microsoft) tinham que se adaptar.

O abandono do motor EdgeHTML em favor do Chromium por parte da Microsoft foi a forma que a empresa encontrou para adaptar o Edge ao conteúdo e funcionalidades que as pessoas queriam na hora de utilizar a internet. Só isso.

E mesmo com as acusações do programador, que alega que a Google recusou pedidos de remoção de parâmetros para determinadas funcionalidades com os seus sites (o que configura para ele o movimento de sabotagem), fato é que a própria Microsoft tinha dificuldades com as atualizações do Edge, que só podia receber melhorias duas vezes por ano, ou seja, junto com as grandes atualizações do Windows 10.

Já outros navegadores recebiam novidades todos os meses.

Agora, o Edge com o Chromium ganha vida própria e se torna independente do Windows nas atualizações.

De qualquer forma, a memória do programador da Microsoft é bem curta. A gigante de Redmond fez o mesmo no passado, e quando outros desenvolvedores reclamaram disso, a empresa forçou a barra, alegando que todo mundo tinha que se adaptar aos parâmetros do IE.

Tudo bem, muita gente acusa a Google de fornecer “falsos estudos de segurança” para desfavorecer a concorrência (isso teria acontecido em 2011). Mesmo assim: o ponto aqui é que a Microsoft não tem moral para apontar o dedo na cara de ninguém. Mesmo porque a empresa na época também se valeu da popularidade do Windows para impulsionar a presença de mercado do navegador e impor as regras do jogos.

Como podem perceber, nada se cria, tudo se copia. E a história pode se repetir com diferentes narrativas.


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