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A cobrança de contas compartilhadas na Netflix pode ser o começo de algo pior

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Galera… acabou a farra!

A Netflix vai começar a cobrar os usuários que dividem o acesso de suas contas com aquelas pessoas que não moram na mesma casa. Lembrando sempre que os termos de uso da plataforma deixam muito claro que “cada LAR deve pagar pela sua própria senha”, e não cada USUÁRIO. E é claro que tem muitas pessoas que estão se preparando para ou abandonar a plataforma ou começar a planejar assaltos em bancos (virtuais, pois os físicos estão fechando).

Mas o que já é ruim pode piorar, pois um movimento sempre pode atrair outros. Nenhuma empresa dá ponto sem nó, e a decisão da Netflix pode inspirar outros players a fazerem o mesmo. Sem falar em outras medidas que podem deixar a conta ainda mais cara.

Neste post, vamos tentar descobrir juntos o que há por trás da cobrança adicional da Netflix em cima dos usuários que dividem contas.

 

 

 

Uma ameaça tripla

É difícil entender o que se passa na cabeça dos executivos da Netflix.

Ou melhor, é bem fácil, se parar para pensar: dinheiro, dinheiro, dinheiro…

Na verdade, não é só isso. Algumas medidas foram tomadas na contramão dos aumentos, como planos mais baratos para uso apenas nos smartphones ou a publicidade em mensalidades mais acessíveis.

Três coisas estão motivando as mudanças na Netflix:

  1. Elevados custos de produção: a Netflix tem hoje um orçamento anual de nada menos que US$ 15 bilhões, algo que já foi de “apenas” US$ 3 bilhões em 2014.
  2. Um crescimento que desacelera: nos seus primeiros anos no streaming, a Netflix aumentava o seu número de assinantes entre 30% e 60% ao ano. Hoje, a perspectiva de crescimento da plataforma é bem menor, algo natural para um mercado que se tornou muito competitivo.
  3. A ausência de conteúdos: por mais que a Netflix produza novas produções em escala industrial, não dá para comparar com o poderio de Warner, Paramount, Disney, Universal e derivados, que contam com décadas de conteúdo nas mãos.

Ou seja, é praticamente o tridente do demônio.

 

 

 

Um pesadelo para a Netflix

A transição de uma empresa de vídeo sob demanda para uma gigante do entretenimento está sendo muito traumática para a Netflix. E o aumento de preços para atender as necessidades básicas dessa transição está aumentando as chances de cancelamento de assinaturas, ano após ano.

A melhor forma de uma pessoa normal e não rica em manter a sua conta da Netflix ativa é compartilhando a conta com outras pessoas. E isso acontece no mundo inteiro, e não apenas no Brasil, onde 90% da população não conta com bons salários.

A decisão de cobrança adicional de quem compartilha contas pode ser apenas a primeira medida de muitas que a Netflix pode tomar para reduzir o seu prejuízo de momento, como limitar o número de dispositivos registrados ou redução de número de perfis por conta.

E qualquer decisão que a Netflix tomar daqui para frente na tentativa de estancar o escoamento desenfreado de dinheiro pode (e vai) desagradar (e muito) aos seus usuários. Seja ela qual for.

A Netflix nos deixou mal acostumados, e esse é o problema. Oferecer um catálogo enorme de séries e filmes por um preço muito reduzido foi durante muito tempo o grande diferencial da plataforma. Hoje, ela é só mais uma que faz o mesmo que as demais, mas cobrando muito mais que a concorrência.

Por que você ficaria em um serviço assim?


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