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83% dos jogos apresentados na E3 2019 se baseiam em temáticas violentas

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Muitos acusam os videogames como os incentivadores ou culpados por uma nova geração de pessoas violentas. Mas além de provar ou não a real influência, a tendência de novos jogos apresentados na E3 2019 mostra que, de alguma forma, a própria indústria reforça os falatórios.

Entre os 239 jogos apresentados no evento de Los Angeles, apenas 41 desses podem ser considerados ‘não violentos’, ou 17% dos títulos apresentados na E3 2019.

 

 

O que é considerado um jogo violento?

 

Um jogo violento é aquele que, de alguma forma, contam com a presença da violência nesses jogos, tanto em gráficos realistas, elementos de cena e outras animações graficamente violentas.

– É considerado violência a implicação de matar ou golpear outra entidade viva.
– É considerado violência a elaboração de estratégias e ordens que resultam na violência.
– Não é considerado violência o contato físico dentro dos esportes, com exceção daqueles que são propriamente baseados no combate.
– Não se considera violência os combates de cartas onde não existem atos de violência implícitos.

 

 

Dito isso, Pong, o primeiro jogo da história, está isento de violência, enquanto que clássicos como Space Invaders ou Asteroids, que incluem disparos e destruição, estariam passando deste limite moral.

 

 

As empresas com o maior número de jogos violentos

 

Mas a maior surpresa desse estudo é constatar de onde vem esses jogos, com apenas 17 títulos não violentos pertencentes às principais desenvolvedoras (7% em relação ao total), entre as quais apenas alcançou o máximo de 33% de ofertas não-violentas.

Quem alcançou essa marca foi a Electronic Arts, que entre os nove jogos apresentados na E3 2019, apenas FIFA 20, Madden 20 e a nova expansão de The Sims 4 podem ser considerados não violentos. Por outro lado, a Ubisoft ficou com 31% com jogos como Just Dance, Roller Champions e o novo Assassin’s Creed Odyssey: Discovery Tour, que apesar de pertencer a uma saga bem violenta, é centrado em um foco acadêmico e visual da cultura da Grécia Antiga.

Já a Microsoft levou 51 jogos em sua apresentação, onde 24% não contam com violência (12 jogos). Vale a pena mencionar que o fato da maior parte dos jogos não violentos pertencem às desenvolvedoras próprias, assim como outros jogos originais como Flight Simulator ou a expansão LEGO para Forza Horizon 4.

Dito tudo isso, a pior de todas foi a “familiar” Nintendo, cuja porcentagem de jogos sem violência foi de apenas 7% dos jogos apresentados por ela na E3 2019. Foi uma das empresas que mais apresentou jogos no evento, e é curiosa essa porcentagem pois sua apresentação foi muito voltada para os jogos de terceiros, como Just Dance ou Catan, com Animal Crossing New Horizons como único título não violento da própria Nintendo.

 

 

Os gêneros de videogames menos violentos

 

 

Em outro ponto de vista, podemos analisar também os gêneros mais recorrentes entre os 41 jogos menos violentos.

A maior presença é das aventuras gráficas baseadas no modelo ‘point-and-click’, onde alguns desses nove jogos podemos encontrar elementos como a presença de sangue, mas sem contar com uma ação propriamente violenta.

Outros 16 jogos podem englobar a temática esportiva, mas a metade deles pertencem ao mundo do motor e do automobilismo. Muito de perto, com sete jogos, temos os games de gestão e simulação de vida. Por fim, temos outros três jogos de exploração, jogos de mesa ou de cartas e puzzles e/ou recompensas.

De novo: não dá para estimar como a presença da violência nos videogames afeta a personalidade dos seus jogadores. Mas é um fato que cada vez mais está se estabelecendo um modelo dentro da indústria baseado na produção de uma mecânica fundamental: a capacidade de lutar e matar.

 

Via GamesIndustry


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