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70% da frota de veículos não tem seguro

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Seja motivado pela alta criminalidade ou pela possibilidade de sofrer um acidente, as pessoas procuram um seguro para proteger seu veículo. Mas, mesmo com a possibilidade de fazer a vistoria do carro sem precisar ir até a oficina ou contratar de forma digital, se encontram com certa complexidade no caminho. 

Pois com a pandemia chegaram novas versões do seguro de carro e as opções de coberturas e preços se multiplicaram, tornando o processo de escolha ainda mais complexo. Atualmente, além do seguro tradicional, o proprietário de um veículo pode optar por ativar o seguro somente quando achar necessário (seguros liga/desliga), pode optar por pagar de acordo ao uso que faz do veículo (seguro pay per use) ou pode contratar uma cobertura e pagar mensalmente, com a liberdade de cancelar o serviço quando quiser (seguro por assinatura). 

Com estas opções o cliente pode adaptar com maior flexibilidade sua apólice de seguro, de acordo com sua situação atual. Apesar disso, 70% da frota de veículos que circula no país ainda não conta com seguro. 

Isto é, apenas cerca de 20 milhões de veículos contam com cobertura para os riscos aos que estão expostos no dia a dia. Lembrando que até abril deste ano, o Ministério da Infraestrutura registrava uma frota de 112.444.241 unidades.

Mesmo assim, o segmento de seguros de veículos é um dos que possuem maior penetração no mercado, algumas das corretoras on-line mais importantes do mercado como a Minuto Seguros ou a Youse têm mais de 90% dos seus contratos para cobrir riscos de veículos.

 

Causas pelas quais poucos veículos possuem seguro

Um dos motivos pelos quais tão poucos veículos contam com seguro é o ano de fabricação do automóvel. A idade do veículo é um fator determinante na hora de fazer um seguro, em geral a maioria das coberturas são oferecidas para veículos zero quilômetro e para aqueles que possuem até 5 anos de fabricação, um menor leque de propostas de coberturas são pensados para os veículos de até 10 anos de antiguidade.

Mas, grande parte da frota de veículos brasileiros tem mais de 10 anos de antiguidade, para estes casos não há muitas alternativas de seguros, pois as seguradoras não cobrem muitos sinistros, pelo desgaste do veículo. 

Outro motivo é o crescimento da proteção veicular. Embora tenha um nome parecido e use os mesmos termos no contrato, este serviço não é um seguro. As cooperativas que oferecem este tipo de cobertura compartilham com os associados os gastos decorrentes de sinistros. Ao contrário, com um seguro, o segurado repassa para a seguradora os custos decorrentes dos sinistros cobertos (até um limite previamente definido no contrato), motivo pelo qual o serviço oferecido é mais caro.

Além disso, a proteção veicular é um serviço não regulado pela Susep (Superintendência de Seguros Privados), e por isso, diante de inconvenientes e incumprimentos ao associado só lhe resta ir para a justiça e aguardar a resolução. 

Com o seguro, o cliente tem a tranquilidade de saber que, diante um roubo, uma colisão ou outro tipo de sinistro, só tem que fazer algumas ligações para acionar a cobertura e depois acompanhar o processo. 

Outro fator que torna os seguros caros atualmente é o valor dos veículos. Durante a pandemia, os preços dos veículos zero quilômetros e também dos usados dispararam, tanto que hoje está em dúvida se ainda existem os “carros populares”, pois os modelos mais econômicos do mercado estão por volta dos R$ 70 mil.

Devido a essa valorização, o preço do seguro acumula um aumento de 18,24% até maio deste ano, de acordo com os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 

Uma alternativa para muitos é optar pelas novas opções de seguro ou contratar coberturas limitadas, como por exemplo o seguro com danos a terceiros. Mas é preciso estar ciente de que em caso de sinistro, ao acionar o seguro, como o valor atual dos seguros é muito alto, o custo do acidente pode acabar superando o valor que o segurado contratou, com isso, terá que desembolsar mais dinheiro para cobrir a diferença.


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