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5 razões para NÃO comprar um celular usado

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Eu bem sei que dinheiro não está fácil para ninguém neste exato momento. A inflação é uma realidade para o brasileiro, e toda a dinâmica tarifária que se estabeleceu no mundo graças ao Donald Trump deixam a compra de dispositivos eletrônicos algo bem mais complexo do que gostaríamos.

E é justamente por isso que investimos em smartphones usados. É um mercado em crescimento, impulsionado por plataformas como o OLX.

Está muito fácil encontrar smartphones usados com preços atraentes. E é aí que está o problema para os mais desavisados.

A oportunidade de economia pode virar um pesadelo se você não tomar os devidos cuidados antes de fechar a compra. E como eu sou o seu amigo, compartilho com você cinco motivos para que você ao menos reconsidere o investimento em um smartphone usado.

Leia com atenção o artigo a partir de agora. E se você se deparar com um ou mais pontos em destaque, corra o mais rápido que puder, pois essa passa longe de ser uma compra vantajosa.

 

A degradação da bateria

As baterias de íons de lítio vão perdendo capacidade de forma progressiva, já que os ciclos de carga desgastam naturalmente o módulo energético. E esse processo de degradação é ainda mais acentuado nos smartphones usados.

Em muitos casos, essa deterioração já ultrapassou 20% da capacidade original, resultando na redução da autonomia em até duas horas por carga.

Muitos consumidores relatam em fóruns especializados e nas redes sociais que smartphones com baterias nominalmente potentes de 5.000 mAh podem durar apenas meio dia após algumas semanas de uso.

E o cenário é ainda pior para quem compra um telefone usado pela ausência de garantia, o que obriga o investimento na assistência técnica para resolver o problema de vez.

É mais do que recomendado que você verifique a quantas andam a saúde da bateria do smartphone usado que você pretende comprar antes de realizar a transferência do dinheiro para o vendedor.

Se a bateria estiver com menos de 80% de sua saúde, foge. É uma cilada.

 

A obsolescência do software

Comprar um telefone defasado em até três gerações significa ter acesso limitado ou nulo às atualizações futuras. E, acredite se quiser, mas os updates de software agregam (muito) valor ao hardware.

Sem as atualizações, você não só fica sem acessar novos recursos dos sistemas Android ou iOS, mas principalmente cai na vulnerabilidade a ameaças de segurança pela falta de patches essenciais.

Além disso, a compatibilidade com aplicativos atuais fica comprometida, prejudicando a sua experiência de uso com o dispositivo.

Se vai comprar um smartphone usado, pense nos anos que ele ainda vai receber de atualizações. Só vale a pena o investimento se o fabricante garantir pelo menos dois anos de updates.

E para as marcas que não vão atualizar o telefone porque entendem que “o usuário quer trocar de smartphone todo ano”, nem pense em se interessar na compra de um dos seus dispositivos.

 

O status legal do dispositivo

Esse é, talvez, o mais sério motivo para que você não compre um smartphone usado. E é o item que mais exige a sua atenção para não ter dores de cabeça no futuro.

Aparelhos com IMEI marcado como roubado ou bloqueado por operadoras não funcionarão adequadamente e podem implicar o comprador em questões legais.

Você pode ter problemas sérios caso seja envolvido na compra de um smartphone roubado, mesmo que seja na base da inocência ou sem qualquer tipo de ciência sobre a origem do aparelho.

A boa notícia aqui é que o Brasil (aka Anatel) desenvolveu métodos preventivos robustos que, em alguns casos, permite o bloqueio do telefone tão logo ele é furtado, roubado ou perdido, transformando o dispositivo em um peso de papel inútil para o ladrão.

De qualquer forma, é muito importante verificar o status do IMEI em bancos de dados oficiais antes da aquisição de um smartphone usado, apenas para garantir a procedência do dispositivo.

E se o vendedor se incomodar com sua desconfiança, simplesmente desista da compra.

 

Os danos físicos não perceptíveis

Existe o conceito do “defeito oculto” nos produtos e serviços que, em vários casos, garantem a troca do dispositivo ou a devolução integral do valor pago quando adquirido como novo. Mas essa regra não se aplica na compra de smartphones usados.

Arranhões na tela, impactos internos, câmeras desalinhadas e portas de carregamento danificadas são defeitos que podem passar despercebidos numa inspeção inicial, mas afetam o desempenho do aparelho e frequentemente resultam em reparos mais caros.

Muitos desses problemas não são visíveis ou perceptíveis naquela verificação rápida do telefone antes da compra. E você só vai descobrir que o problema existe semanas depois de transferir o dinheiro para o vendedor.

Sempre que possível, faça aquela checagem minuciosa de todos os componentes físicos para evitar surpresas desagradáveis.

E se a plataforma de comércio eletrônico permitir, utilize ao máximo o dispositivo nos primeiros dias de experiência para que, em caso de problemas, você possa acionar a garantia de devolução (existe o Direito ao Arrependimento previsto no Código de Defesa do Consumidor, que garante a devolução em até 7 dias corridos para qualquer compra pela internet).

 

A ausência de garantia e suporte técnico

Os dispositivos recondicionados de forma profissional ainda contam com três meses de garantia para qualquer problema que o smartphone apresentar. Mas o mesmo não se aplica aos telefones usados vendidos por particulares.

Sem uma política de devolução ou suporte técnico, qualquer problema futuro será de responsabilidade exclusiva do comprador, que arcará com todos os custos de reparo.

A falta de amparo ao consumidor representa um risco financeiro que deve ser considerado na decisão de compra.

Se você puder evitar, e se o seu orçamento permitir, opte por pagar um pouco mais caro para ter um smartphone novo e na garantia.

Ou certifique-se de que o vendedor é confiável o suficiente para te entregar o que prometeu no anúncio.

Caso contrário, o técnico de bancada vai ficar feliz com a visita que você vai fazer para ele em um futuro próximo.


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