Lançado no início dos anos 2000, The Sims revolucionou a indústria ao oferecer uma experiência única de simulação de vida. E todo mundo que era frustrado com sua vida real passou a ser feliz com a vida virtual.
Diferente de jogos tradicionais com objetivos fixos, The Sims permitia aos jogadores criar, personalizar e controlar personagens em um mundo virtual aberto, fomentando a criatividade e a liberdade de escolha. Seu sucesso estrondoso atraiu não apenas gamers tradicionais, mas também um público mais amplo, tornando-se um fenômeno cultural.
A franquia evoluiu ao longo dos anos, expandindo sua base de fãs e mantendo relevância, como pode ser observado no crescente interesse pelo Projeto Rene, anunciado em 2022 como a nova geração da série.
Mas a EA tem que seguir monetizando com o jogo e enganando os trouxas. E aqui estão os cinco motivos que farão com que você seja enganado pela edição especial de 25 anos de The Sims.
A estratégia da EA para monetizar a nostalgia
Em comemoração aos 25 anos da franquia, a EA decidiu relançar os dois primeiros jogos em edições especiais, apostando no apelo nostálgico para impulsionar as vendas.
A abordagem de reviver clássicos não é inédita na indústria, mas se torna especialmente lucrativa quando aplicada a títulos que marcaram gerações. E neste caso em especial, lucrar com um produto que tem um vasto conteúdo a ser explorado e também consumido pelos jogadores.
A reedição vem acompanhada de expansões icônicas, oferecendo um pacote robusto para os fãs de longa data e para novos jogadores curiosos sobre as origens da saga.
O único problema é que essa comemoração tem um preço, já que a EA decidiu monetizar a nostalgia de todo mundo:
- The Sims Legacy Edition custa €19,99
- The Sims 2 Legacy Edition sai por €29,99
- O pacote com ambos os jogos está disponível por €39,99
O conteúdo das edições especiais
As novas versões dos jogos clássicos chegam com um extenso conjunto de expansões e pacotes de conteúdo adicionais.
The Sims Legacy Edition inclui pacotes como Mais Vivo do que Nunca, Festa da Casa, Primeira Data e Os Animais em Raudales, entre outros.
Já The Sims 2 Legacy Edition traz expansões consagradas, como Universidade, Negócios Abertos, Bon Voyage e As Quatro Estações, além de diversos pacotes de acessórios temáticos.
A adição de conteúdos do The Sims 4, como os kits Back Fashion e De Volta ao Grunge, sugere uma tentativa da EA de conectar diferentes gerações da franquia e manter o apelo comercial da série.
O peso da nostalgia e o público-alvo da reedição
O relançamento atende tanto aos jogadores veteranos, que têm memórias afetivas dos primeiros jogos, quanto às novas gerações, interessadas em explorar a evolução da franquia.
O fator nostalgia tem sido uma estratégia recorrente na indústria dos games, com remasterizações e relançamentos que resgatam títulos marcantes e os tornam acessíveis em plataformas modernas.
No caso de The Sims, a decisão da EA de investir nessas edições especiais reforça o valor sentimental e comercial da série, especialmente em um momento em que os fãs aguardam ansiosamente novidades sobre o futuro da franquia.
Sem falar que é mais fácil lucrar em cima de quem já tem uma conexão com o jogo, pois são esses que podem “passar o legado adiante”.
Além disso, certamente alguns mais empolgados vão se interessar principalmente pelo pacote de expansão, pois vão pensar “no meu tempo, todos esses jogos não eram tão baratos assim”.
O impacto da reedição e o futuro da franquia
A reedição de The Sims e The Sims 2 pode indicar um interesse renovado da EA em manter a franquia viva enquanto desenvolve o Projeto Rene.
O lançamento dessas versões comemorativas também pode servir como um termômetro para medir o engajamento dos jogadores e orientar futuras decisões de desenvolvimento.
A estratégia de monetizar a nostalgia é eficaz, mas levanta questionamentos sobre o real comprometimento da EA em inovar e entregar novas experiências aos fãs.
O lucro em nome do legado
Não podemos culpar a EA pelo relançamento de The Sims em edição especial. Afinal de contas, toda e qualquer empresa desenvolvedora de jogos de videogames quer obter lucros, e isso aqui é considerado lucro fácil.
Para a grande maioria dos jogadores, a única forma de acessar esses jogos é através desse lançamento. Os dois primeiros jogos foram lançados no inicio dos anos 2000, e só são compatíveis com o Windows 11 através da virtualização de outras plataformas.
O que incomoda um pouco é cobrar relativamente caro por jogos que contam com 25 anos de vida. A impressão que fica é que estamos pagando por tecnologias que deveriam ser oferecidas de graça.
Aliás… os dois primeiros The Sims não entraram em status de abandonware em algum momento?
De qualquer forma, a celebração dos 25 anos de The Sims reafirma sua importância na história dos videogames e demonstra que seu legado continua forte.
Tão forte, que vai ter gente que será feita de trouxa pela EA, e vai comprar o pack comemorativo.
Muito provavelmente eu, inclusive.