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5 fatores que explicam o “mais do mesmo” nos smartphones

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Já percebeu que os smartphones mudam cada vez menos? Ou melhor, que as inovações são cada vez menores?

O mercado evoluiu, mas os fabricantes se concentram mais em melhorias residuais do que em lançamentos revolucionários. E está tudo certo, pois… convenhamos, pouco sobrou para inventar no segmento de telefonia móvel.

Se antes você reclamava que a Apple era conservadora demais no iPhone, entenda que, agora, todas as grandes marcas são.

Vai reclamar disso também?

 

O conservadorismo impera

Todos os fabricantes abraçaram uma abordagem mais conservadora nos seus lançamentos, deixando de lado a introdução de conceitos ou tecnologias disruptivas para melhorar as características já existentes.

Na prática, as marcas entenderam que os usuários querem câmeras melhores, baterias mais duradouras e telas melhores. E isso, os telefones de dois anos atrás já possuem.

Resultado: temos um mercado saturado do “mais do mesmo”, e os usuários estão contemplados com os telefones do ano passado ou retrasado.

 

As mudanças pouco relevantes

Não podemos dizer que os fabricantes não estão tentando colocar pequenos diferenciais nos novos telefones nos aspectos de design ou performance.

Acabamentos em titânio, telas mais duráveis, processadores para trabalhar com inteligência artificial e câmeras com sensores melhores são alguns desses pequenos incrementos.

Mas… isso faz alguma diferença para o usuário médio?

Será que o usuário está realmente interessado nisso?

Adianta ter um smartphone com uma câmera principal de 200 MP quando você só quer tirar uma boa foto do seu jantar na praça de alimentação no shopping para compartilhar nas redes sociais?

 

A desculpa da “responsabilidade social”

Algumas marcas estão começando a adotar práticas mais responsáveis na produção dos seus dispositivos, alegando uma maior preocupação com a sustentabilidade.

O uso de materiais recicláveis e programas de reutilização de smartphones antigos se tornaram táticas mais frequentes dos fabricantes.

Isso se alinha com o fato de o consumidor estar mais consciente nos aspectos ambientais. Por outro lado, alguns afirmam que os fabricantes estão nesse movimento apenas para maximizar o lucro.

De que adianta retirar carregadores e fones de ouvido do kit de venda quando os telefones ainda acompanham uma grande quantidade de papel para manuais técnicos (que podem ser encontrados na internet em formato digital).

 

A competição que não dá espaço para revolução

Nesse momento, o mercado de smartphones é cada vez mais competitivo, com marcas menores entregando uma excelente relação custo-benefício.

As grandes marcas precisam reconsiderar suas estratégias. Ou oferecem diferenciais que justificam o investimento mais alto, ou vão perder clientes para fabricantes que entregam o mesmo por um preço justo.

A tendência (mas não uma certeza) é que os principais fabricantes comecem a reavaliar suas prioridades nos dispositivos.

 

O medo de apostar em novas propostas

A inovação não vai desaparecer, mas pode se manifestar de formas diferentes. Neste aspecto, a inteligência artificial pode ganhar um papel de protagonismo, pois é o elemento que mais pode impactar positivamente na experiência do usuário.

As novas propostas de design também entram nessa equação, com as marcas investindo ainda mais em dispositivos dobráveis ou vestíveis.

São os grandes fabricantes que podem investir pesado em smartphones dobráveis no formato fold ou flip, ou nos anéis inteligentes.

Construir um novo segmento de mercado é uma saída, principalmente para os fabricantes de smartphones Android, mesmo que isso resulte em dispositivos mais caros e exclusivos nas suas primeiras gerações.

Não resta dúvidas de que essa é uma fase de transição no mercado de smartphones, mas não podemos esperar por inovações radicais.

E se você não está contente com isso, eu digo: é o que temos para hoje, amanhã e depois de amanhã (pelo menos).


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