A Geração Z, que é conhecida como “os nativos digitais”, pois são aqueles que basicamente nasceram e cresceram com smartphones e aplicativos, passam pelos mesmos problemas de segurança cibernética que os boomers e baby boomers.
Não de forma majoritária, evidentemente. Mas em uma porcentagem significativa o suficiente para ligar um sinal de alerta.
Apesar de terem crescido com a tecnologia, 57% dos jovens entre 18 e 29 anos admitiram ter pouco conhecimento sobre segurança cibernética. E esses dados são preocupantes, dado o aumento de fraudes online que afetam a esse grupo etário.
Uma ineficiente comunicação
Um estudo recente revelou que 28% da Geração Z acredita que seus bancos podem contatá-los através de canais não oficiais, como SMS ou WhatsApp, o que aumenta o risco de cair em fraudes cibernéticas.
DICA: os bancos não fazem isso. Se a sua conta tiver problemas mais sérios ou foi invadida, muito provavelmente você vai saber sobre isso através do aplicativo oficial do banco, e identificando um comportamento anormal nas movimentações.
Apenas 33,2% dos jovens seguem as instruções de segurança fornecidas por seus bancos, contrastando com 66% dos idosos que seguem essas orientações.
Das duas, uma: ou o jovem de hoje é extremamente desatento (o que é verdade), ou não compreende os riscos envolvidos em não seguir tais instruções (o que também é verdade).
As fraudes envolvendo chamadas de spam e mensagens SMS fraudulentas se toraram comuns para todo e qualquer usuário de smartphone.
Embora os idosos sejam frequentemente alvo devido à sua falta de familiaridade com a tecnologia, a Geração Z também está vulnerável devido à sua desinformação sobre o assunto.
Aplicativos populares são a porta de entrada
Entre os aplicativos mais baixados pela Geração Z em 2024 estão Temu, TikTok, ChatGPT e Google, mostrando que existe uma preferência dos jovens por comércio eletrônico e redes sociais que oferecem interatividade e conteúdo rápido.
É uma geração que se conecta com maior facilidade com aquelas marcas que utilizam influenciadores que compartilham comportamentos e valores semelhantes ao dos adolescentes, principalmente no caso do TikTok, onde tudo viraliza mais rápido.
E são justamente essas as plataformas que se tornaram as principais vias para os golpes cibernéticos que acabam vitimando os jovens.
A ausência de percepção objetiva sobre os riscos que estão presentes nas diferentes plataformas resulta em um coletivo que, mesmo com o domínio das ferramentas de tecnologia, são igualmente sujeitas aos golpes.
Já existe um certo senso de urgência em educar a Geração Z sobre práticas seguras na internet, com recomendações que são consideradas básicas para qualquer pessoa, independentemente da idade.
Jamais fornecer dados pessoais ou códigos de confirmação através de canais não oficiais e sempre acessar contas por meio de aplicativos ou sites oficiais são apenas dois dos principais procedimentos que ajudam a manter a segurança das suas credenciais online.
Ter a informação correta e um pouco de bom senso sempre ajuda a evitar o pior na internet.